sexta-feira, 12 de março de 2021

A literatura gótica feita por mulheres

Clara Reeve - O Velho Barão Inglês (1777):
Este romance foi inspirado em O Castelo de Otranto, o primeiro romance gótico, e explora temas como fantasmas e maldições. O livro fez um sucesso enorme e contribuiu para protagonizar as mulheres na primeira onda da literatura gótica.
Charlotte Turner Smith - The Old Mannor House (1793): Nesta obra, Charlotte explora os horrores brutais da escravidão praticada pelos britânicos na América Central, O cenário central do livro é a casa grande e velha de verniz gótico, entendida por alguns críticos como sendo uma metáfora para a nação.
Ann Radcliffe - Os Mistérios de Udolpho (1794):
Este é o seu romance mais famoso, e explora de forma brilhante o sentimento de opressão feminina diante de ameaças reais e sugestivamente sobrenaturais.
Jane Austen - Abadia de Northanger (1817): Este romance oferece uma paródia inteligente da literatura gótica, principalmente de Ann Radcliffe. Era também uma homenagem a esta pioneira, que era contemporânea e ídola de Austen.
Mary Shelley - Frankenstein (1823): Um dos maiores clássicos da ficção de terror de todos os tempos. "Frankenstein" explora com genialidade temas profundos e complexos como a relação entre fé e ciência, sentido da vida, e o lado monstruoso que existe dentro de cada um de nós.
Emily Bronte - O Morro dos Ventos Uivantes (1847):
Este clássico inaugura uma nova fase da literatura macabra, concentrando a fonte de terror na esfera doméstica e explorando mais os horrores psicológicos.
Charlotte Bronte - Jane Eyre (1847): Este romance revolucionou a ficção em prosa, sendo o primeiro a se concentrar no desenvolvimento moral da protagonista por meio de uma narrativa íntima em primeira pessoa, em que os eventos são coloridos pela intensidade psicológica da personagem.
Louisa May Scott - Behind a Mask (1866):
Esta é uma obra-prima das novelas sensacionalistas, típicas na segunda metade da era vitoriana. Um thriller que mistura elementos de violência e perversidade sexual, temas considerados "impróprios" para uma escritor na época.
Charlotte Perkins Gilma - O Papel de Parede Amarelo (1892): Este livro é um clássico do horror psicológico, e narra o progressivo colapso mental de uma mulher confinada em seu quarto. A história foi baseada na experiência pessoal da escritora.