sábado, 1 de junho de 2024

Emishi: os bárbaros japoneses

Além dos ainu, outro grupo de indígenas, se podemos chamar assim no Japão, eram os emishis. Os bárbaros japoneses, como ficaram denominados pelos ditos civilizados influenciados pelos europeus. Notem aqui a interferência do imperialismo nas comunidades asiáticas.
Podemos notar que no filme A Princesa Mononoke (Mononoke Hime) do Estúdio Ghibli, o jovem Ashitaka, que é o príncipe da tribo indígena Emishi. 
Os emishi, assim como os yamato e os ainu era um grupo étnico no Japão. Eles habitavam na região norte, Michinoku. Eram descritos como barbudos, peludos e tatuados. Por isso, e outras coisas, tratados como bárbaros selvagens pelos japoneses do império. Seu modo de vida era seminômade. Ou seja, era baseada na caça, coleta e agricultura familiar. Mudavam o locai de suas cabanas de acordo com as estações do ano.
O seu destaque vai para as habilidades e estratégias de combate. Sendo exímios guerreiros no combate, em especial no arco e flecha montados a cavalo. A tática consistia em atacar, para derrubar os inimigos, e assim, fugir rapidamente. 
O império japonês deve muita dificuldade para derrotar os ditos bárbaros. Assim como os romanos tiveram que lidar com muitos percalços com os germânicos e hunos. Mas quando finalmente os soldados japoneses derrotaram os emishis, esses guerreiros selvagens se dividiram. A maioria se aliou ao império, como aconteceu com muitos povos na Roma antiga, integrando a classe guerreira também. Já a outra parte migrou para Hokkaido. E eles tiveram dividir espaço com outros grupos étnicos. O que causaria conflitos.
No filme da Ghibli, Mononoke Hime (ou em tradução livre, A Princesa Lobo) mesmo não trabalhando tanto na história dessa tribo, eles foram bem fiéis a história desse povo. Já que ela é apenas uma das diversas culturas que compõem a cultura japonesa, até os dias de hoje.

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