A Guerrilha do Araguaia (1972-1974) foi organizada pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B) como forma de resistência armada à Ditadura Militar. Aconteceu na região do Bico do Papagaio, entre o Pará, Maranhão e Tocantins.
Ali, guerrilheiros e camponeses lutaram por justiça social, reforma agrária e democracia. Foram duramente reprimidos pelo Exército, com tortura, desaparecimentos e execuções.
A guerrilha foi parte da luta contra o autoritarismo, a censura das ideias e o apagamento da oposição política.
Mais do que um confronto armado, foi uma tentativa de reimaginar o Brasil por baixo, com o povo, no campo. Jovens, professores, operários e estudantes deixaram tudo para defender seus ideais - muitos nunca voltaram.
Por décadas, o Estado brasileiro negou os fatos, ocultou corpos silenciou famílias. Mesmo após a redemocratização, nenhum militar. A Comissão Nacional da Verdade reconheceu os crimes, mas o processo de justiça ainda longe de se completar. Falar do Araguaia é enfrentar o passado. É recusar o esquecimento como política do Estado.

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