Os povos que falavam a língua tupinambá ocupavam toda a extensão da costa brasileira à época da invasão dos europeus, em 1500. Eram conhecidos por vários nomes, dependendo da região que ocupavam. Potiguaras, da Paraíba ao Ceará; caetés, do norte da Bahia a Pernanmbuco; tupinaés, na região do Rio São Francisco; tupinambás e tupinakis, no Recôncavo Baiano e na Baia de Guanabara; ou tupiniquins, no litoral de São Paulo. Chamados de forma genérica, de "tupis" ou "tupinambás", representavam uma população expressiva, estimada entre 200 mil e 1 milhão de indígenas, que foi rapidamente dizimada durante o primeiro século de colonização, por guerras e epidemias. Em 1580, o padre José de Anchieta lamentava a morte em massa dos indígenas: "A gente que de vinte anos a esta parte é gastada nesta Baía, parece cousa, que não se pode crer; porque nunca ninguém cuidou, que tanta gente se gastasse nunca, quanto mais em tão pouco tempo."
Foi com os tupinambá que os colonos portugueses tiveram mais contato estreito durante o século XVI - uma língua que tivera de aprender para se entender com os indígenas, conhecer a nova terra e nela poder viver. Desse contato resultou a grande influência da língua tupinambá no vocabulário português do Brasil. Milhares de nomes comuns e nomes de lugares que utilizamos hoje todo o país são palavras que têm essa origem.
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