Hoje em dia, muito se fala que diversas mídias não deveriam envolver política. Os games, os filmes, seriados e quadrinhos. Há muita gente falando que X-Men, nunca falou sobre racismo, visto que trata sobre questões análogas a luta dos Direitos Civis nos Estados Unidos desde muito cedo. Ou que Fallout, não é uma crítica as grandes empresas, já que os games, assim como a série, tratam de conglomerados que para lucrar, precisam matar mais e mais.
E na música não é diferente.
“Bella ciao” foi adotada como um hino de resistência no século XX. Principalmente durante a Segunda Guerra Mundial, quando a Itália, se encontrava sob domínio dos fascistas. Enquanto os outros países da Europa, também amargavam o domínio nazi-fascista em seus territórios. Com um regime totalitarista e um culto ao passado.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a canção se tornou um hino anti-fascista e de liberdade.
Entretanto, ninguém tem certeza de sua origem. É aquele tipo de canção que passa de geração em geração, como uma forma de registro oral e imaterial. Mas sua origem mais provável seria, uma canção folclórica de origem iídiche. Linguagem germânica das comunidades judaicas da Europa central e oriental. Ela era baseada no alto-alemão do século XIV, com acréscimo de elementos hebraicos e eslavos.
A canção, chamada “Oi oi di Koilen” pode ter sido difundida principalmente entres os anarquistas e antifascistas, da Itália. E isso foi catalisado e difundido de outro modo pelo mundo. Segundo o historiador italiano, Cesare Bermani, foi no Primeiro Festival da Juventude dos Estudantes que milhares de delegados italianos, cantaram a Bella ciao.
A música seguiu sendo muito elogiada e traduzida em diversos países, até os dias de hoje. Após aparecer na série La Casa de Papel, ela perdeu uma parte de seu sentido, mas pegou muita popularidade. Com novas versões da canção surgindo. Ao ponto de aqui no Brasil, ter um funk proibidão.
Apesar de tudo, ela sobreviveu aos diversos ditadores do século XX. Tanto que foi cantada por mulheres que lutam contra o governo opressor do Irã.
Não existe algo melhor que a arte, para representar nossos valores pessoais e nos mostrar como que tipo de cidadãos somos, perante a sociedade.
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