sábado, 14 de junho de 2025

(História da Música) O talento prematuro de Kate Bush

Kate Bush é um daqueles raros casos de genialidade pura que transcende gerações. Com apenas 19 anos, ela se tornou a primeira artista feminina a alcançar o topo das paradas britânicas com uma música escrita por ela mesma – Wuthering Heights, uma canção etérea e intensa, inspirada por uma única noite de leitura do clássico de Emily Brontë. Mas sua ascensão não aconteceu por acaso: antes da fama, foi David Gilmour, do Pink Floyd, quem descobriu seu talento e financiou pessoalmente sua primeira demo, tornando possível que o mundo conhecesse sua voz única e inconfundível.
Kate sempre esteve à frente do seu tempo, criando um som e uma estética que ninguém mais ousava explorar. Ela foi pioneira do art pop, dirigiu seus próprios videoclipes antes mesmo da MTV surgir e experimentou o Fairlight CMI, um dos primeiros sintetizadores digitais, muito antes da música eletrônica se tornar mainstream. Sua influência é imensa, sendo citada como referência por artistas como Björk, Florence Welch e até Prince. Com o ressurgimento de Running Up That Hill graças a Stranger Things, uma nova geração teve a chance de descobrir sua magia, provando que Kate Bush não é apenas inovadora – ela é atemporal.

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domingo, 8 de junho de 2025

O Mitsudomoe: o que é?

O Mitsudomoe é um símbolo japonês, e está presente em praticamente todos os templos budistas e xíntoistas. Ele é composto por três vírgulas, e representa um clico ou giro da terra.
Nas artes marciais, ele representa a força. Diz a lenda no Oriente que aquele que tivesse esse símbolo sobre a pele, teria uma força concebida pela natureza.
Na visão Xintoísta, as três vírgulas representam a terra, os céus e a humanidade.
Nos desenhos japoneses ele também está presente, no quesito de representar força, como por exemplo em samurais, e que aparece também em Naruto, no que é chamado de sharingan (uma das formas), de acordo com os mangás
Milhares de pessoas passam por lá, mas poucas notam, até para nós do blog demorou muito para notarmos o que estava em baixo dos nossos olhos.

sábado, 7 de junho de 2025

A noite que durou 20 anos (na verdade, não)

"No início da Idade Média, por volta do ano 536 d.C., ocorreu um dos eventos mais estranhos da história: uma longa noite que durou quase 20 anos.​
​Na época, em várias partes da Europa e da Ásia, o Sol brilhava por apenas cerca de 4 horas por dia, mas com uma intensidade comparável à da Lua, emitindo uma luz azulada e sem calor. Historiadores chineses descreveram o fenômeno como um "eclipse perpétuo", enquanto na Europa, muitos acreditavam que o fim do mundo havia chegado.​
​No hemisfério norte, as temperaturas caíram entre 2 e 3 graus, causando verões extremamente frios e destruindo colheitas. A fome se espalhou por Europa, Ásia e Oriente Médio. Na China, nevou no verão, e os registros históricos da Irlanda relatam que "não houve pão entre os anos de 536 e 539".​
Como se não bastasse, a peste bubônica devastou o Império Bizantino. Por tudo isso, alguns historiadores consideram esse período o pior da história para se estar vivo. Finalmente, a escuridão começou a diminuir por volta do ano 555 d.C.​
​Atualmente, especialistas acreditam que esse fenômeno foi causado por uma série de erupções vulcânicas submarinas próximas ao Equador. Essas erupções liberaram grandes quantidades de sedimentos ricos em cálcio e microorganismos marinhos que permaneceram na atmosfera por quase duas décadas, mergulhando a Terra em uma noite que parecia interminável."

O texto original é do History (logo, tem exageros), o mais certo seria dizer que durou 18 meses, e não era uma noite eterna, e sim que os dias tinham cerca de 4h de iluminação, e mesmo assim seria como a luz de uma lua cheia a noite, pálida. 

domingo, 1 de junho de 2025

Eduardo Góes Neves em entrevista ao Instituto Humanitas Unisinos, fala sobre a falta de formação de Estado entre os antigos indígenas

O autor de "Sob os tempos do equinócio" conversou com o portal sobre os desafios da arqueologia amazônica, descobertas e a desmitificação de pressupostos teóricos sobre o passado amazônico.⁠
⁠"Aparentemente não tem Estado porque eles não quiseram". A ausência de Estado nas sociedade amazônicas antigas por Eduardo Góes Neves.
A arqueologia amazônica contemporânea vêm desmontando um dos pressupostos mais persistentes da teoria política ocidental: a ideia de que o Estado é o ápice inevitável de qualquer processo civilizatório.
Em entrevista IHU (Instituto Humanitas Unisinos), o arqueólogo Eduardo Góes Neves, autor de Sob os tempos do equinócio, afirmou que as evidência indicam que a ausência de Estado nas sociedades amazônicas antigas deve ser compreendida não como sinal de atraso, mas como uma escolha política.
"As evidências nos dizem que o Estado não aconteceu não por causa de alguma deficiência ou elemento que conduziria a esse estágio 'superior', mas de fato como uma ação política positiva, que tem a ver com a evitação da centralização política como alternativa, como maneira de se viver", diz Eduardo Góes Neves.