O autor de "Sob os tempos do equinócio" conversou com o portal sobre os desafios da arqueologia amazônica, descobertas e a desmitificação de pressupostos teóricos sobre o passado amazônico.
"Aparentemente não tem Estado porque eles não quiseram". A ausência de Estado nas sociedade amazônicas antigas por Eduardo Góes Neves.
A arqueologia amazônica contemporânea vêm desmontando um dos pressupostos mais persistentes da teoria política ocidental: a ideia de que o Estado é o ápice inevitável de qualquer processo civilizatório.
Em entrevista IHU (Instituto Humanitas Unisinos), o arqueólogo Eduardo Góes Neves, autor de Sob os tempos do equinócio, afirmou que as evidência indicam que a ausência de Estado nas sociedades amazônicas antigas deve ser compreendida não como sinal de atraso, mas como uma escolha política.
"As evidências nos dizem que o Estado não aconteceu não por causa de alguma deficiência ou elemento que conduziria a esse estágio 'superior', mas de fato como uma ação política positiva, que tem a ver com a evitação da centralização política como alternativa, como maneira de se viver", diz Eduardo Góes Neves.
"As evidências nos dizem que o Estado não aconteceu não por causa de alguma deficiência ou elemento que conduziria a esse estágio 'superior', mas de fato como uma ação política positiva, que tem a ver com a evitação da centralização política como alternativa, como maneira de se viver", diz Eduardo Góes Neves.
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