sábado, 11 de outubro de 2025

Educação antirracista no Brasil do século XXI

Devemos definir na educação, assim como na vida, que não podemos ser apenas contra o preconceito racista, mas ter uma prática antirracista. Dentro do aspecto pedagógico, as escolas sempre tiveram uma visão positivista nas aulas, que ignoravam a contribuição da cultura negra no Brasil. O que não deixa de ser um etnocentrismo velado, perpetrado pela negação das autoridades (incluindo nós professores), que o racismo existe na nossa sociedade. Por isso, precisamos - como educadores - apontar esses aspectos de apagamentos históricos dentro da estrutura do país.
As leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08 se tornam extremamente úteis, quando demonstra dois fatos: o primeiro que não foram e não são apenas os negros alvos de racismo, da construção da sociedade brasileira, assim como os grupos indígenas; o segundo demonstra que além da formação europeia (portugueses, descendentes de imigrantes japoneses e italianos por exemplo), temos no Brasil, muitos traços culturais que descendem dos povos negros e indígenas. Formando parte da nossa ancestralidade, ao mesmo tempo que gera uma cidadania democrática.
Entre metodologias que se podem usar para práticas antirracistas, pode haver contatos com pessoas que trabalham e estudam sobre assuntos da cultura afro (como coletivos e conselhos como o Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra) para palestras, além de exibir ou até ir a monumentos de origem negra (como igrejas erguidas por mãos de escravizados e documentos históricos que podem ser de posse de jornais).
Assim como formações pedagógicas comuns, aquelas que auxiliam nas práticas antirracistas, são ainda mais necessárias, visto que temos cada vez mais um crescimento da "negação histórica": quando pessoas negam os atos contra africanos, durante o processo de formação do Brasil. E isso não apenas com pessoas brancas, mas até as negras. É necessária uma maior conscientização sobre aquele período, para que erros do passado não se repitam.
Muitas vezes, alunos que podem expressar suas experiências (positivas ou negativas), seja sobre etnia ou religião (de diversas matrizes) permite ao aluno se sentir incluído, dentro do grupo escolar. Assim, permite ele ser mais expansivo em suas respostas e não retraído sobre os temas propostos durante a aula.

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