domingo, 15 de junho de 2025
sábado, 14 de junho de 2025
(História da Música) O talento prematuro de Kate Bush
Kate Bush é um daqueles raros casos de genialidade pura que transcende gerações. Com apenas 19 anos, ela se tornou a primeira artista feminina a alcançar o topo das paradas britânicas com uma música escrita por ela mesma – Wuthering Heights, uma canção etérea e intensa, inspirada por uma única noite de leitura do clássico de Emily Brontë. Mas sua ascensão não aconteceu por acaso: antes da fama, foi David Gilmour, do Pink Floyd, quem descobriu seu talento e financiou pessoalmente sua primeira demo, tornando possível que o mundo conhecesse sua voz única e inconfundível.
Kate sempre esteve à frente do seu tempo, criando um som e uma estética que ninguém mais ousava explorar. Ela foi pioneira do art pop, dirigiu seus próprios videoclipes antes mesmo da MTV surgir e experimentou o Fairlight CMI, um dos primeiros sintetizadores digitais, muito antes da música eletrônica se tornar mainstream. Sua influência é imensa, sendo citada como referência por artistas como Björk, Florence Welch e até Prince. Com o ressurgimento de Running Up That Hill graças a Stranger Things, uma nova geração teve a chance de descobrir sua magia, provando que Kate Bush não é apenas inovadora – ela é atemporal.
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domingo, 8 de junho de 2025
O Mitsudomoe: o que é?
O Mitsudomoe é um símbolo japonês, e está presente em praticamente todos os templos budistas e xíntoistas. Ele é composto por três vírgulas, e representa um clico ou giro da terra.
Nas artes marciais, ele representa a força. Diz a lenda no Oriente que aquele que tivesse esse símbolo sobre a pele, teria uma força concebida pela natureza.
Na visão Xintoísta, as três vírgulas representam a terra, os céus e a humanidade.
Nos desenhos japoneses ele também está presente, no quesito de representar força, como por exemplo em samurais, e que aparece também em Naruto, no que é chamado de sharingan (uma das formas), de acordo com os mangás
Milhares de pessoas passam por lá, mas poucas notam, até para nós do blog demorou muito para notarmos o que estava em baixo dos nossos olhos.
sábado, 7 de junho de 2025
A noite que durou 20 anos (na verdade, não)
"No início da Idade Média, por volta do ano 536 d.C., ocorreu um dos eventos mais estranhos da história: uma longa noite que durou quase 20 anos.
Na época, em várias partes da Europa e da Ásia, o Sol brilhava por apenas cerca de 4 horas por dia, mas com uma intensidade comparável à da Lua, emitindo uma luz azulada e sem calor. Historiadores chineses descreveram o fenômeno como um "eclipse perpétuo", enquanto na Europa, muitos acreditavam que o fim do mundo havia chegado.
No hemisfério norte, as temperaturas caíram entre 2 e 3 graus, causando verões extremamente frios e destruindo colheitas. A fome se espalhou por Europa, Ásia e Oriente Médio. Na China, nevou no verão, e os registros históricos da Irlanda relatam que "não houve pão entre os anos de 536 e 539".
Como se não bastasse, a peste bubônica devastou o Império Bizantino. Por tudo isso, alguns historiadores consideram esse período o pior da história para se estar vivo. Finalmente, a escuridão começou a diminuir por volta do ano 555 d.C.
Atualmente, especialistas acreditam que esse fenômeno foi causado por uma série de erupções vulcânicas submarinas próximas ao Equador. Essas erupções liberaram grandes quantidades de sedimentos ricos em cálcio e microorganismos marinhos que permaneceram na atmosfera por quase duas décadas, mergulhando a Terra em uma noite que parecia interminável."
O texto original é do History (logo, tem exageros), o mais certo seria dizer que durou 18 meses, e não era uma noite eterna, e sim que os dias tinham cerca de 4h de iluminação, e mesmo assim seria como a luz de uma lua cheia a noite, pálida.
domingo, 1 de junho de 2025
Eduardo Góes Neves em entrevista ao Instituto Humanitas Unisinos, fala sobre a falta de formação de Estado entre os antigos indígenas
O autor de "Sob os tempos do equinócio" conversou com o portal sobre os desafios da arqueologia amazônica, descobertas e a desmitificação de pressupostos teóricos sobre o passado amazônico.
"Aparentemente não tem Estado porque eles não quiseram". A ausência de Estado nas sociedade amazônicas antigas por Eduardo Góes Neves.
A arqueologia amazônica contemporânea vêm desmontando um dos pressupostos mais persistentes da teoria política ocidental: a ideia de que o Estado é o ápice inevitável de qualquer processo civilizatório.
Em entrevista IHU (Instituto Humanitas Unisinos), o arqueólogo Eduardo Góes Neves, autor de Sob os tempos do equinócio, afirmou que as evidência indicam que a ausência de Estado nas sociedades amazônicas antigas deve ser compreendida não como sinal de atraso, mas como uma escolha política.
"As evidências nos dizem que o Estado não aconteceu não por causa de alguma deficiência ou elemento que conduziria a esse estágio 'superior', mas de fato como uma ação política positiva, que tem a ver com a evitação da centralização política como alternativa, como maneira de se viver", diz Eduardo Góes Neves.
"As evidências nos dizem que o Estado não aconteceu não por causa de alguma deficiência ou elemento que conduziria a esse estágio 'superior', mas de fato como uma ação política positiva, que tem a ver com a evitação da centralização política como alternativa, como maneira de se viver", diz Eduardo Góes Neves.
sábado, 31 de maio de 2025
Curiosidades sobre o Japão
O Japão é composto por quatro ilhas principais: Hokkaido, Honshu, Shikoku e Kyushu. Honshu ocupa 61% da área total do país, Hokkaido 22%, Kyushu onze por cento e Shikoku cinco por cento. Além dessas, há mais de 14.125 ilhas menores.
A palavra japonesa "karaokê" vem de "kara", que significa "vazio", e "oke", que significa "orquestra", significando essencialmente "orquestra vazia".
O Japão tem a maior expectativa de vida do mundo, com uma expectativa de vida média de cerca de 85 anos.
O sistema ferroviário japonês é um dos mais pontuais do mundo, com trens normalmente funcionando no horário de segundo.
O Japão é o lar de mais de 1.500 terremotos a cada ano devido à sua localização no Anel de Fogo do Pacífico.
A arte japonesa de arranjos florais, conhecida como ikebana, foca na harmonia, equilíbrio e simplicidade.
O Japão tem mais de 50.000 pessoas com mais de 100 anos, o que o torna um dos líderes mundiais em centenários.
Os japoneses consomem cerca de 24 bilhões de pacotes de ramen instantâneo a cada ano.
A luta de sumô é o esporte nacional do Japão e tem uma história que abrange mais de 1.500 anos.
O Japão tem mais de 6.000 ilhas desabitadas.
A cidade japonesa de Fukuoka tem o primeiro sistema de metrô do mundo a ser atingido por um tufão.
No Japão, dar gorjeta é considerado rude e não é costume em restaurantes ou outros setores de serviços.
O arquipélago japonês se estende por mais de 3.000 quilômetros de norte a sul.
A empresa mais antiga do mundo ainda em operação, Nishiyama Onsen Keiunkan, opera desde 705 d.C. e está localizada na província de Yamanashi, Japão.
O Japão tem o segundo maior mercado de música do mundo, depois dos Estados Unidos.
Há uma ilha japonesa chamada Ōkunoshima, comumente conhecida como "Ilha do Coelho", onde centenas de coelhos amigáveis vagam livremente.
O Japão tem mais de 3.000 restaurantes McDonald's, o segundo maior número de lojas McDonald's no mundo, depois dos Estados Unidos.
O Japão tem mais de 200 vulcões, 108 dos quais são considerados ativos.
A menor escada rolante do mundo, localizada em Kawasaki, Japão, tem apenas cinco degraus.
O Japão tem mais de 6.000 ilhas habitadas por humanos.
O Japão tem uma das menores taxas de obesidade do mundo, em parte devido à sua dieta tradicional e à ênfase no controle das porções.
domingo, 25 de maio de 2025
A origem do caipira
Historicamente, a vida caipira teve início com o bandeirismo, um movimento de desbravamento do interior do Brasil e da América do Sul por sertanistas paulistas a partir do século XVI. Antonio Candido definiu como Paulistânia todo o eixo de expansão e difusão da cultura bandeirante.
O termo "caipira", de origem na língua geral paulista, influenciado provavelmente pelos termos "kai'pira", "ka'apir", "ka'a pora" ou "kopira", da língua tupi, originalmente designa, desde os tempos coloniais brasileiros, o morador da roça, o "cortador de mato" , populações da antiga Capitania de São Vicente (posteriormente Capitania de São Paulo), que hoje são os estados de Santa Catarina, Paraná, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Tocantins, Rondônia e Rio Grande do Sul, e também partes do sul do Rio de Janeiro, como Paraty, que fazia parte de São Paulo até 1727.
Vamos por isso encontrar clans paulistas do século XVII nos campos de Curitiba, no rio das Velhas, no vale do São Francisco, no Piauí-Maranhão, na Paraíba. Arraiais com o nome de "Paulista" permaneceram, na maioria das capitanias, por vestigio do bandeirante.
Em geral a sua padroeira era Nossa Senhora da Conceição; pois, com esta invocação, havia no Brasil há meio século 213 localidades. Graças arrancada paulista perdeu a Espanha Santa Catarina, as missões jesuíticas do Uruguai, que chegaram a limitar-se pelo Paranapanema, o Mato Grosso pela linha do Guaporé.”
O tipo humano do caipira e sua cultura tiveram sua origem no contato dos colonizadores brancos bandeirantes com os nativos ameríndios (ou "gentios da terra", ou "bugres") e com os negros africanos escravizados. Os negros de São Paulo eram na sua grande maioria provenientes de Angola e Moçambique, ao contrário dos negros da Bahia na sua maioria provenientes da Costa da Guiné.
O termo "caipira" é frequentemente utilizado no Brasil de forma pejorativa e estereotipada para as populações sertanejas.
Fonte: História da Civilização Brasileira. De Pedro Calmon.
sábado, 24 de maio de 2025
A Colonização Árabe da África
Os árabes vivem na África pelo menos desde o ano 600 d.C., quando os povos da península Arábica conquistaram o Egito e a Líbia. Os árabes acabaram por controlar grande parte do Norte de África . A cultura árabe - incluindo a língua árabe e a prática do Islão - foi tão amplamente adotada que o Egipto , a Líbia , a Argélia , a Tunísia e o Marrocos são agora considerados parte do mundo árabe. Outras regiões de África também foram influenciadas por contatos com a cultura árabe, principalmente através do comércio.
Em 640, uma força árabe invadiu o Egito, então parte do Império Bizantino (a porção oriental do Império Romano). Do Egito, vários generais árabes mudaram-se para o oeste, assumindo o controle da costa noroeste da África. Este território, conhecido como Magrebe , era habitado pelos Berberes , que se renderam em grande número aos invasores e adotaram o Islão. Em 705, o Magrebe tornou-se uma província sob o controle da dinastia muçulmana omíada. Como governantes coloniais, os árabes trouxeram a sua religião, costumes e língua para a região.
Na África Oriental do outro lado do Mar Vermelho , a partir da Península Arábica, o berço de grande parte da cultura árabe chegaram através do comércio entre as duas regiões muito antes da ascensão do Islão nos anos 600. A Etíopia foi uma das primeiras áreas da África Oriental a ser influenciada pela cultura árabe. Por volta do ano 100 d.C., pessoas do sul da Arábia chegaram à Etiópia por mar, trazendo consigo a sua língua e a sua capacidade de construir em pedra. As relações comerciais entre os árabes e a população local contribuíram para o surgimento dos Aksumitas
Nos anos 900, muitos povos ao longo da costa da somália e das terras baixas do interior converteram-se ao Islão e vários estados islâmicos foram estabelecidos. Os árabes migrantes casaram-se com o povo da Núbia e introduziram a língua árabe e a prática do Islão, ambas as quais se espalharam rapidamente por grande parte do sul do vale do Nilo . Na Costa Suali os comerciantes árabes estabeleceram-se nas cidades-estado em crescimento da região , como Mombaça e Kilwa. Por volta de 900 dC, a costa oriental da África emergiu como um próspero centro comercial.
O Islão tornou-se uma força importante ao longo da costa suaíli. Ao se adaptar às tradições locais, a religião conquistou novos adeptos. Algumas pessoas se converteram ao Islã porque isso abriu oportunidades de comércio e progresso social. A mistura de tradições árabes e africanas nesta região também levou ao surgimento, nos anos 1000 e 1100, da civilização suaíli . Depois de atingir o auge nos anos 1200 e 1300, esta civilização declinou quando a região foi colonizada por povos de Portugal e de Omã , na Península Arábica.
Após a conquista da África do Norte pelos árabes muçulmanos durante o século VII EC, o islamismo se espalha pela África Ocidental através de comerciantes, acadêmicos e missionários, os governantes africanos toleravam a religião, ou até mesmo se convertiam a ela. Dessa forma, o islã se propagou pelo deserto do Saara. Além disso, a religião chegou à África Oriental quando comerciantes árabes cruzaram o Mar Vermelho e, em uma segunda onda, se assentaram ao longo do litoral Suaíli. Campanhas militares chegaram a acontecer a partir do século XIV contra o reino cristão da Núbia, por exemplo, enquanto que no século XVIII os muçulmanos Fulani lançaram uma guerra santa na região do Lago Chade. Houve também casos de resistência violenta de adeptos das religiões tradicionais africanas como o animismo, e a adorações a espíritos e aos antepassados.
Uma vez que a religião islâmica havia chegado até a região de savana que se espalha pela África abaixo do Deserto do Saara, ela foi adotada pelas elites africanas governantes, embora muito frequentemente as crenças e rituais indígenas continuassem a ser praticados ou até mesmo se misturassem com a nova religião.
Algumas sociedades africanas eram matrilineares, e estas se tornaram sistemas patrilineares. Mudanças mais superficiais incluíam a troca de nomes para aqueles mais aceitos por muçulmanos. Frequentemente esses nomes eram adaptados para se adequar às linguagens africanas, por exemplo, Muhammed se tornaria Mamadu e Ali foi africanizado para Aliyu. As vestimentas também mudaram, com as mulheres em particular encorajadas a se trajar mais modestamente e adolescentes a cobrir sua nudez.
A arquitetura islâmica se propagou com a religião e mesquitas eram construídas onde quer que houvesse adoradores. Entretanto, como na própria religião, havia pequenas diferenças locais. Mesquitas da Costa Suaíli, por exemplo, não tinham minaretes nem o pátio interior típico das mesquitas do restante do mundo islâmico.
Houve várias inovações tecnológicas que vieram com o islã como a escrita, sistema numérico, matemática, medições e pesos. Não só estudiosos e missionários visitavam ou se instalavam em comunidades africanas, mas também viajantes e cronistas muçulmanos como Ibn Battuta e Ibn Khaldin (1332 - 1406 EC) que fizeram observações e registros inestimáveis da vida africana medieval
Vários grupos étnicos foram arabizados na África
domingo, 18 de maio de 2025
(História da Música) Robert Johnson, o mito
Há mais de 113 anos nascia no Mississipi, um dos mais importantes, revolucionários e misteriosos músicos de todos os tempos: o bluesman norte-americano Robert Johnson, o qual viveu apenas 27 anos, dos entre anos 1911 e 1938!
Robert Leroy Johnson gravou 29 músicas entre 1936 e 1937 para a American Record Corporation, a qual lançou 11 discos 78rpm em seu selo Vocalion durante a vida de Johnson, e 01 após sua morte!
Grande parte dessas músicas alcançou a eternidade e agora são considerados hinos definitivos do gênero: “Cross Road Blues”, “Stop Breakin' Down Blues”, “Hellhound On My Trail”, “Love in Van”, “ Walking Blues ”,“ Sweet Home Chicago ”, dentre tantos outros clássicos!
As dificuldades do mundo foram transformadas de um modo único em uma música absurdamente poética; nunca o Blues tinha alcançado uma profundidade tão emocional!
Robert Johnson levou a intensa solidão, os terrores de um estilo de vida tortuoso e transformou essa experiência específica e muito pessoal em música de relevância universal e alcance global!
O poder da obra de Robert Johnson foram ampliados ao longo dos anos, principalmente em razão das poucas informações biográficas acerca do músico!
Muitos mitos surgiram com o tempo, dentre os quais de que ele só alcançou sua inesperada e surpreendente excelência musical depois de vender sua alma ao diabo e de que morreu misteriosamente em consequência do descumprimento do acordo com o tinhoso!
Nas décadas após sua morte, ele se tornou conhecido como The King of Delta Singers, sendo que sua música expandiu a influência a ponto de alcançar os grandes astros do Rock and Roll – nomes como The Rolling Stones, Bob Dylan, Eric Clapton, Jimi Hendrix, Allman Brothers Band, etc - todos foram profundamente influenciados pelo lendário cantor, guitarrista e compositor!
sábado, 17 de maio de 2025
sábado, 10 de maio de 2025
Sobre a Favela da Praia do Pinto
No passado, havia um conjunto de favelas às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas. A maior delas era a chamada Praia do Pinto, no Leblon, uma favela horizontal que teve suas origens provavelmente nos anos 1930, com o início da construção do canal do Jardim de Alá e a valorização imobiliária da região, o que aumentou a oferta de empregos na construção civil e na área de serviços. Seus primeiros moradores eram principalmente imigrantes nordestinos que procuravam trabalho ou já eram empregados nos bairros próximos.
Favela da Praia do Pinto – Acervo Biblioteca Nacional.
domingo, 27 de abril de 2025
sábado, 26 de abril de 2025
João Goulart: o vice-presidente, o presidente pela metade, o presidente derrubado e - finalmente - o presidente exilado
Jango começou sua carreira política como deputado. Foi ele quem auxiliou a volta de Getúlio Vargas à política durante a campanha que resultaria em seu retorno ao catete "nos braços do povo".
Depois, Jango assumiu como Ministro do Trabalho de Vargas. Aí começa o mito do "Jango Comunista" por, entre outras coisas, querer aumentar o salário mínimo com os quais os brasileiros tinham que sobreviver.
Em 1956, toma posse como vice-presidente do Brasil, ao lado do presidente Juscelino Kubitschek. As eleições para vice e para presidente eram desvinculadas, e Jango foi eleito inclusive com mais votos que o próprio JK!
Em 1960, é eleita a chapa Jan-Jan, com Jango como vice de Jânio Quadros. Em menos de um ano, Jânio renuncia, acreditando que os militares não deixariam um "comunista" como Jango assumir a presidência - como de fato tentaram...
Jango assumiu como presidente em um regime parlamentarista, inédito no Brasil. Um plebiscito mostrou que a população (85% dela) exigia a volta do presidencialismo e, finalmente, Jango assume inteiramente como presidente.
Jango assumiu como presidente em um regime parlamentarista, inédito no Brasil. Um plebiscito mostrou que a população (85% dela) exigia a volta do presidencialismo e, finalmente, Jango assume inteiramente como presidente.
domingo, 20 de abril de 2025
O primeiro engenho de produção de Açúcar das Américas
Nesse local existiu o primeiro engenho de produção de Açúcar das Américas fundado por Pero Capico em 1516 quando desembarcou na Antiga Capitania de Itamaracá a bordo da Expedição comandada por Cristóvão Jacques ajudando a colonizar, povoar, produzir açúcar e extrair o pau Brasil e outros produtos que eram exportados pra Portugal, com a invasão Holandesa no século XVII passou a se chamar Engenho Harllem e posteriormente com a reocupação do território pelos Portugueses passou a se chamar Engenho Amparo sendo um dos mais expressivos produtores de açúcar da região.
Há também a passagem do Inglês Henry Koster no Século XIX que registra em seu livro "Viagens ao Nordeste do Brasil" a sua estadia no Engenho Amparo.
Atualmente do complexo arquitetônico restam a Igreja dedicada a Nossa Sra do Amparo, a moita, senzala e casa grande todos em estado avançado de ruínas , o complexo foi tombado pelo IPHAN em 1986.
sábado, 19 de abril de 2025
Morte sem tabu, por Porakê Munduruku
Com reflexões profundas e questionadoras sobre vida, crises climáticas e conflitos de guerra, o mombe'usara Porakê Munduruku (@porake.mdk) - contador de estórias e histórias, pesquisador, escritor, roteirista e educador - nos traz ensinamentos valiosos sobre como a ancestralidade originária resiste e oferece ensinamentos que podem ir além de uma noção de “sagrado” ligada à religião.
"O sagrado é próprio da natureza e pode ser encontrado em qualquer lugar. Por isso, tudo que existe é potencialmente sagrado. Ele surge da percepção, mesmo inconsciente, de que somos parte de um todo que nos transcende e transborda".
Segundo o escritor, os ancestrais do Povo Munduruku eram nômades e, por isso, seus mortos eram enterrados em casa e deixados para trás quando o grupo levantava acampamento, mas seguiam vivos dentro deles.
"Quem morre permanece vivo nos ensinamentos que construiu com as outras pessoas e legou aos que permanecem. Todos estamos fadados a sermos os ancestrais das gerações que virão. Somos remanescentes de uma civilização circular. Tendo a concordar com o saudoso Nêgo Bispo: quando se transcende o mero individualismo promovido pela ideologia colonial, não faz sentido acreditar em finais; para nós é: começo, meio e começo".
Leia entrevista na íntegra em: https://www1.folha.uol.com.br/blogs/morte-sem-tabu/2025/04/o-medo-dos-mortos-rompe-nosso-vinculo-com-a-ancestralidade.shtml
domingo, 13 de abril de 2025
(História da Música) Sobre o disco Vivendo e Não Aprendendo da banda IRA!
Contando com Nasi (vocal), Edgard Scandurra (guitarra e violão), Ricardo Gaspa (baixo) e André Jung (bateria), o IRA! lançou alguns dos grandes trabalhos do rock nacional, Vivendo e não Aprendendo, que tem hits como Envelheço na Cidade, Dias de Luta, Flores em Voce e Pobre Paulista. Cabe o registro que Flores em Você foi tema da novela O Outro. Envelheço na Cidade podemos dizer que virou patrimônio do rock e da musica nacional, que tem um belo refrão e que fica na mente. Casa de Papel tem uma pegada punk rock bem legal, com destaque para a bateria e para o baixo de Ricardo Gaspa. Dias de Luta é falsamente cadenciada, também é patrimônio da musica brasileira e letra inteligente, além da bela guitarra de Scandurra. Tanto Quanto Eu é curta, mas interessante e o destaque fica para a bateria. A faixa tem uma pegada punk e country e ficou legal. Vitrine Viva tem no baixo o seu destaque. Flores Em Você tem bela melodia, belas cordas e até Nasi está bem. Quinze Anos é meio juvenil e legal. A letra é bem interessante. Nas Ruas é cantada por Scandurra e tem uma pegada de OS INOCENTES, lembrando bem o melhor do punk nacional. Gritos Na Multidão e Pobre Paulista tem como destaque a letra, com crítica social na medida certa. Enfim, um dos grandes trabalhos da banda e do rock nacional.
sábado, 12 de abril de 2025
domingo, 6 de abril de 2025
Atrizes cientistas
Natalie Portman: A atriz que atuou em Star Wars, Thor e Cisne Negro, é uma cientista também. Ela inventou um método simples para demonstra a produção enzimática de hidrogênio a partir do açúcar.
Mayim Bialik: Ela que era a protagonista da série Blossom e participava em The Big Bang Theory, é também judia. Obteve o doutorado em neurociência, com especialização em TOC (Transtorno Obessivo Compulsivo) em adolescentes com Síndrome de Prader Willi.
Hedy Lamarr: Ela que foi personagem em filmes como Sansão e Dalila (1949), O Vale da Ambição (1950), também foi cientista. Ela foi inventora do FHSS (Frequência Hoppinf Spread Spectrum, Espectro de Difusão de Frequência Variável, em tradução livre). Uma tecnologia ainda usada para bluetooth e wi-fi.
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sábado, 5 de abril de 2025
A história dos griôs do livro "POR TODOS OS CAMINHOS - Pontos de Cultura na América Latina"
"Em idioma bambara, do Mali, na África subsaariana, a palavra é djeli, que significa “sangue que circula”. Para cada um dos idiomas da África do noroeste, ao sul do Saara, há uma palavra específica para designar os caminhantes cantadores, sobretudo na região outrora conhecida como Império Mandinga, atravessado por um rio em forma de arco, o Níger, que começa nas montanhas de Serra Leoa, em direção ao interior, até alcançar o Saara e fazer uma curva no sentido do oceano, desaguando no golfo da Guiné. Banhados pelo rio-arco, surgem os griôs, que condensam em um homem, ou mulher, a memória viva de todo um povo, na forma de músicos, contadores de histórias, poetas, genealogistas, encantadores. No século XX, estudantes africanos, de diversas nações, decidiram unificar uma palavra para expressar toda a importância e significado dessas pessoas que são verdadeiras bibliotecas vivas, fazendo surgir o termo “griot”, em francês, que também carrega uma história.
Por se tratar de cultura de transmissão pela oralidade, há poucos registros escritos e as versões variam. Diversas fontes sugerem que griot é um afrancesamento, ocorrido no século XX, da palavra portuguesa “criado”, utilizada durante o holocausto da escravização. Todavia, estudos recentes, sobretudo no arquipélago de Cabo Verde, indicam que a origem está no termo “gritadores”, utilizado para designar os mestres das sabedorias ancestrais, que, ao adentrar o ambiente em que os escravizados aguardavam o embarque para os navios negreiros, gritavam para que não esquecessem suas origens. O grito dos gritadores atravessou o Atlântico e está presente no “grito” da capoeira, no “grito” do samba, sempre a indicar o início de uma roda ou atividade artística, como a entrada de uma escola de samba na avenida.
Foi no Forte de Cacheu, na Guiné-Bissau, de onde se estima que 1 milhão de escravizados tenham saído em três séculos, que os escravizadores portugueses tomaram contato com os “gritadores”. Eram homens altos, cheios de colares e tecidos, com cabelos emplumados, segurando seus instrumentos musicais, a kora, o balafom, falando em idiomas estranhos aos europeus. E que gritavam e gritavam. Considerados feiticeiros, eram temidos pelos traficantes negreiros. Assim, os “gritadores” podiam ir ao porto e cantar e contar histórias para o povo acorrentado.
Procurando tornar o tráfico negreiro mais eficaz, os portugueses, que nos séculos XVIII e XIX eram também conhecidos como brasileiros, tinham por prática misturar povos de diversas regiões e idiomas, muitas vezes inimigos entre si, evitando vínculos, solidariedade e entendimento entre os cativos. Também os deixavam acorrentados por semanas, até meses, ao relento, sob a chuva intensa da costa da Guiné, aguardando o momento do embarque. Era nesse ambiente que os “gritadores” adentravam, rememorando histórias da ancestralidade. De Cacheu, os escravizados eram transferidos para as ilhas de Cabo Verde, de onde nasce o tronco linguístico do idioma crioulo, que se espalha por todas as Américas em diversas ramificações, por misturado que é. De lá aguardariam o embarque para as terras desconhecidas, metade deles morreria durante a navegação.
Foi a presença dos “gritadores” que permitiu àqueles povos, despossuídos de todos os bens materiais, portando trapos apenas, refazer suas culturas no além-mar, porque guardada em suas memórias. De “gritadores”, “griot”, em francês. Abrasileirando, “griô”. Esse grito que preserva histórias, modos de ser e fundamentos recriados, é reproduzido e está presente no grito da capoeira, no grito do samba, no grito do soul e do blues, entre outros gritos a ecoarem a liberdade ancestral." (Célio Turino)
domingo, 30 de março de 2025
Sambaquis e sambaquieiros
Erguidos ao longo de milênios, sambaqui significa "amontoado de conchas" em tupi.
Em alguns montes, foram encontrados anzóis, flechas, arpões, quebra-cocos, facas e machados de povos pré-colombianos.
Os sambaquis tiveram diversas finalidades ao longo dos milênios.
Inicialmente, funcionava como um depósito de alimentos e conchas, mais tarde servindo como habitações.
As montanhas tornaram-se fontes de calcário, sendo assim, excelentes na época, para construção de casas.
Isso explica a grande quantidade de utensílios, restos humanos e animais presentes nos sambaquis - indicando grandes comunidades.
Graças aos sambaquis, é possível entender a vida dos primeiros povos brasileiros da Antiguidade no Brasil, seus hábitos, culturas e movimentos migratórios.
Em Santa Catarina, há os maiores sambaquis do Brasil e do mundo.
As cidades de Laguna e Jaguaruna têm 42 sambaquis, alguns com 30 até metros de altura.
As estruturas também podiam servir como câmaras funerárias, pois milhares de corpos já foram encontrados em apenas 1 sambaqui.
Estão distribuídos principalmente por quase todo do litoral do Brasil.
Em São Paulo há grandes montes, como em Cananéia, São Vicente e Iguape.
Sambaquis não são exclusivos do litoral, também presentes em regiões como o baixo Amazonas e no Xingu.
Muitos possuem centenas de metros de extensão, alguns construídos há mais de 6 mil anos.
Os sambaquis deixaram de ser habitados possivelmente em torno do ano 1000, quando os tupi-guarani espalharam-se pelo litoral brasileiro.
A diferença de hábitos culturais e alimentares encontrados nos montes, indica que foram construídos por uma sociedade distinta dos tupi-guarani.
Quando os europeus desembarcaram no Brasil, em pouco tempo, perceberam que as estruturas eram obras de nativos.
No século 16, muitas conchas foram moídas e utilizadas como cal na construção de engenhos de açúcar e edifícios.
Em Salvador, o primeiro Palácio do Governador utilizou o calcário dos sambaquis.
Hoje, há museus destinados para o estudo dessas estruturas, sendo o principal o Museu do Homem de Sambaqui, em Florianópolis.
Sambaquis existem em quase todos continentes do mundo: África, América e Europa.
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