quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Os artistas do Renascimento: na literatura, pintura e escultura

Muitas obras surgiram com o Renascimento Cultural em diversas categorias da arte. Entre elas literatura, escultura e pintura. E sua influência é tamanha que até hoje em obras mais midiáticas podemos ver essa referência aos artistas renascentistas. Por exemplo, nas HQs de Tartarugas Ninjas, cada uma das personagens tem nomes em homenagem a eles. Rafael, Miguelangelo, Leonardo e Donatello. 
Vejamos alguns artistas dessa época.

Pintura: Temos Leonardo DaVinci como um pintor a frente de seu tempo. Assim como ele é o criador da Monalisa e outros quadros famosos. Como as obras A Última Ceia e Virgem dos Rochedos, com temática religiosa. Que era expressa através de imagens harmônicas.
Mas ele estava a frente de seu tempo, não somente a questão técnica de pintura, mas em suas criações.
Apesar de quebrar tabus (como desenterrar corpos para os examinar minunciosamente), ele obteve exito em áreas como a anatomia. Graças a ele foi comprovado que o coração é um músculo com quatro cavidades. Fazendo vários desenhos de órgãos e partes internas do corpo, como o já citado coração, vasos sanguíneos, entre outras áreas do corpo.
Muitas criações surgiram em seus desenhos também, ao menos esboços de um tanque blindado, metralhadora de flechas, máquinas de voar, roupas para mergulho, roda d'água mais eficiente, paraquedas, salva-vidas, bicicletas, entre outras invenções. Muitas só se tornar
No caso de Miguelangelo, suas obras mais famosas são do livro do Gênesis e o Juízo Final, pintada no teto e no altar da Capela Sistina, no Estado do Vaticano.
O Juízo Final mede 13,7 m x 12,2 m e representa a volta de Jesus para o julgamento dos seres humanos. Miguelangelo pintou cerca de 300 personagens, entre 1536 e 1541. 
A nudez dos personagens foi coberta por outro artista, após a morte de Miguelangelo. Mas restaurações posteriores recuperaram a obra original, tal como foi pintada.

Escultura: Temos além de Miguelangelo (já citado na área da pintura), e os italianos Donatello e Lorenzo Ghiberti.
Entre algumas das obras feitas por Miguelangelo, temos Maria Madalena, personagem bíblica esculpida em madeira, representada pelo escultor italiano Donatello. 
Entre outras obras de Miguelangelo, nós temos a Pietá (entre 1498 e 1499) com tema religioso, recorrente em suas obras. E como podemos notar, nela temos Maria chorando pela perda de seu filho, Jesus, morto diante dele.
Assim como foi encomendada a ele o personagem bíblico Davi (entre 1501 e 1504). Ele mede 5,17 metros e tem inspiração nas obras da antiguidade, que procuravam ser fiéis a figura humana mesmo. Assim como Leonardo DaVinci, Miguelangelo usou cadáveres para obter conhecimentos de como representar corpos.

Literatura:
Podemos dividir a literatura renascentista em obras escritas e teatrais. Nas obras escritas podemos destacar quatro escritores:
-Dante Alighieri escreveu a Divina Comédia, um italiano descreveria como seria sua passagem fictícia dele entre o inferno, purgatório e o paraíso. Apesar da temática, os personagens que Dante encontra pelo caminho se comportam como seres humanos. E muito das descrições desse livro para como seria o inferno, por exemplo, seriam utilizadas para obras até hoje em dia.
-Luiz Vaz de Camões se inspirou demais por obras como da epopeia Eneida, do escritor Vírgilio (que por sinal, aparece em Divina Comédia). Com isso, ele escreveu Os Lusíadas. Assim como Vírgilio teria sido inspirado pelas obras Ilíada e a Odisseia feitas na antiguidade, o mesmo acontecia com Camões.
Até hoje, Camões é tratado como um dos maiores poetas da língua portuguesa.
-Na Espanha, o autor Miguel de Cervantes escreveu Dom Quixote. Uma crítica ao cavalheirismo e as ideias medievais da chamada Idade das Trevas (que era a Idade Média). Nela ela ironizava os cavaleiros medievais (através de Dom Quixote) e os burgueses (através de Sancho Pança, escudeiro de Quixote). 
-Por último, na Inglaterra, Thomas Morus fez uma grande crítica à sociedade daquele tempo através de seu livro Utopia, no século XVI.
Já no teatro, nós podemos citar William Shakespeare, escritor e dramaturgo de tragédias, comédias e dramas históricas (essas últimas quase sempre com uma crítica a personagens reais quase sempre). Entre suas obras temos Sonho de uma Noite de Verão, Hamlet, Macbeth, Henrique VIII, Romeu e Julieta, A Tempestade, Megera Domada, O Mercador de Veneza, entre tantos outros.


sexta-feira, 21 de agosto de 2020

A fuga da Coroa Portuguesa do exército francês

Para compreender os motivos que fizeram a Coroa Portuguesa vir para o Brasil Colônia, devemos ter consciência de como estava a Europa. 
Os países europeus estavam sendo controlados pela França de Napoleão Bonaparte, que criou o Bloqueio Continental. Ele funcionava da seguinte maneira: qualquer país que comercializasse com a Inglaterra, seria invadida pelos exércitos franceses. Entretanto, Portugal estava comercializando com os ingleses por muito tempo. Tanto que o ouro extraído da colônia brasileira seria um dos fatores para auxiliar na Revolução Industrial.
E mesmo com a ameaça de invasão, Dom João, príncipe regente da época, não atendeu aos pedidos da França. Então, os exércitos de Napoleão Bonaparte atacou.
O que fez com que a Coroa Portuguesa pegasse suas coisas e fugisse para sua principal colônia, o Brasil. Além da família real, e diversos funcionários, eles levaram diversos livros e documentos. Tudo isso de forma furtiva, mas com a invasão francesa no território lusitano. Mesmo fugindo pelo mar, os aliados ingleses protegiam a frota de navios através de seus próprios veículos marítimos.

(Ciência em Série) Anastasia: a princesa russa dos "contos de fadas"

Para falarmos de Anastacia, nós precisamos tratar de duas coisas: sobre as princesas da Disney e sobre a Revolução Russa:

O estereótipo da "princesa em apuros"

As princesas Disney podem parecer hoje em dia como personagens com grandes personalidades, mas isso tudo se deve a mudança de Hollywood de manter estereótipos. Um exemplo é a versão live action de A Bela e a Fera, onde Bela é bem mais ativa na trama, com um maior personalidade. Tanto que a própria atriz Emma Watson é uma moça declaradamente feminista. Então, elas quebram com o padrão da "princesa que precisa ser salva".
E a Disney, manteve por muito tempo, esse padrão. Pois ele lhe rendia certa grana. Vide que os primeiros maiores sucessos dela foram Branca de Neve, A Bela Adormecida e Cinderela. É hoje em dia que podemos ver princesas com mais senso próprio como das obras Enrolados ou Frozen. Na verdade, Elza,  desse segundo, talvez seja uma das primeiras representantes de assexuais na empresa. 
Mas não irei falar dos primórdios da empresa, nem dos tempos atuais. Mas em um período que a Disney mandava nesse universo de animações e que poucas empresas lhe desafiavam.
Ironicamente, a princesa que iria surgir para tentar competir com ela era russa. Para ser preciso, ela seria a última filha do czar, antes da Rússia se tornar socialista. Anastasia.

A princesa que NÃO É da Revolução Russa

É engraçado pensar nisso: a princesa que foi utilizada para competir com as da Disney, um dos maiores símbolos do capitalismo, foi uma da Rússia, que sempre é associada ao comunismo e socialismo.
Mas não é de hoje que se usam de períodos conturbados da história real para contar um "conto de fadas". Se forem ver o passado da verdadeira Pocahontas, vão ver o quão triste foi sua vida e as ações com ela. Entretanto, apesar de ser tratada como personagem assim, ela não é "soviética", ou seja, ela não tem a ver com o socialismo e comunismo. Mas sim do fim do sistema monárquico no país devido a implantação desse sistema.
A Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos políticos na Rússia, que, após a eliminação da autocracia russa e depois do Governo Provisório (Duma), resultou no estabelecimento do poder soviético sob o controle do partido bolchevique. O resultado desse processo foi a criação da União Soviética, que durou até 1991.
No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).
Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com o governo do czar.
No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.
Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a queda da monarquia.
Dito isso, se Anastasia Romanov existisse, ela seria contra o sistema da União Sovética, creio eu.

Ursos dançando, asas pintadas / Coisas que quase eu me lembro / E uma música que alguém cantou / Uma vez em Dezembro

Era uma vez em Dezembro
Anastasia é uma animação claramente, como falei antes, para criar um concorrente com as obras da Disney. Criada pela Fox. Dirigido por Don Bluff e Gary Goldmn, que foram responsáveis por muitos clássicos como A Em Busca do Vale Encatado, Todos os Cães Merecem o Céu, Um Conto Americano (esse último começou a me deixar com uma ideia sobre esses dois criadores... Mas falo disso outro dia).
Na trama, Nicolau tem sua vida colocada em risco, pois Rasputin, conselheiro do czar, quer o poder sobre aquele território. Acontece que ele, do mesmo modo que Jafar de Alladim, tem poderes místicos. E fomenta a raiva através da magia para que toda população ataque os líderes russos absolutista. Sério, basicamente, sem ser direto, esse filme diz que a Revolução Russa surgiu devido a um pacto demoníaco. Alguns críticos devem ter rido muito... Ou não...
Rasputin é tragado pelas forças das trevas. A rainha consegue fugir, mas deixa sua filha sem querer cair do trem. A menina, Anastasia, bate a cabeça e perde a memória. 
Anos depois, Rasputin retorna pois as forças das trevas notam que Anastasia pode voltar para sua família. Estranho ne? É quase como um filme que defende a autocracia monárquica absolutista... Tá bem, isso é bizarro se for ver... 
Anos passam, e a população do país sofre esperando que a herdeira retorne para assumir seu lugar de direito e traga prosperidade. Ok... Estranho. Uma dupla de trambiqueiros (um deles, um garoto que foi responsável por salvar Anastasia e a mãe anos atrás) quer ir até a rainha Romanov, que estava na França, com uma princesa falsa. Mal sabendo que estavam levando a verdadeira. 
Mas a animação é boa? Sim. Ela só não termina de forma como esperávamos em um típico "contos de fadas". O casal, formado pelo trambiqueiro mais novo e a Anastasia ficam juntos no final, não como reis, mas como plebeus. E isso não trará nenhuma mudança a URSS, obviamente. Nesse sentido, o filme da Fox é mais realista que qualquer obra da Disney.
A história da Romanov perdida não só existe na vida real, como foi usada até mesmo para obras da Marvel (Natasha Romanoff pode ser a princesa também, pois ela envelhece mais lentamente que uma mulher normal devido a experimentos feitos nela!). Assim como a ideia sobre Rasputin, que virou até mesmo um eunuco. Por isso alguns falam que era louco.
O filme é bom. Mas peca em alguns momentos: poderia aproveitar parte da cultura eslava para suas canções. Mas não o fez. Ainda assim, Rasputin é bem inteligente, ao usar poderes mágicos de forma estratégica para tentar controlar Anastasia, a matar ela de forma indireta, mesmo que ninguém imaginasse que ele estivesse vivo. Um vilão bom, se comparar com alguns da Disney que revelam seus planos na primeira aparição (Cruela Cruel). E Anastasia, por ter vivido por dez anos com o a população russa, é uma jovem que quando enfrenta o inimigo, numa época em que princesas só poderiam fazer pequenas ações, tem atitude. 
O engraçado é que se formos pensar, quando a Disney comprou a Fox, ela se tornou detentora de Anastasia. Ou seja, a empresa tem uma "princesa socialista". Marx está doido agora no túmulo.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Conceitos de política surgidos na Grécia Antiga


Oligarquia: Esse é um tipo de governo em que o poder é exercido por um grupo restrito de pessoas, geralmente, do mesmo partido, família, classe, entre outras coisas. Em que há predominância de um pequeno número de pessoas no poder (um governo para poucos).
Esparta usava esse sistema.

Democracia: Governo em que o poder é exercido pelo povo. Sistema governamental e político em que os dirigentes são escolhidos através de eleições populares. Assim funciona a democracia (um governo do povo, para o povo).
Atenas primeiro era um sistema oligárquico, mas devido a proporção de pedidos de mudança do povo, se mudou para um sistema democrático.


quarta-feira, 19 de agosto de 2020

A desigualdade social na história

Clero, nobreza e Terceiro Estado: No modelo de sociedade que vem desde o feudalismo até a Revolução Francesa, os indivíduos eram divididos em três grupos distintos e com funções muito bem definidas. Raramente era possível migrar do núcleo mais pobre para os mais privilegiados.

A sociedade dos proprietários: O fim da divisão entre os três poderes do século XVIII foi acompanhado do surgimento de um novo tipo de poder: o proprietarismo. Nesse cenário, as classes mais pobres ficavam reféns do pagamento de aluguéis e taxas àqueles que se tornaram proprietários de terras e bens.

Regimes escravocratas: A forma mais extrema de desigualdade era o eixo das sociedades escravocratas. Datado desde a época antes de Cristo, esse tipo de regime provocou segregações que persistiram culturalmente através dos séculos e que até hoje são vetores de desigualdade social.

O mundo das colônias: A sociedade colonial dividiu o mundo entre dominadores e dominados. Em alguns casos, a imigração foi incentivada para a construção de novas cidades (especialmente quando acabou a escravidão). Em outros, estimulava-se a subtração de recursos Até hoje, os locais que foram colônias de exploração enfrentam dificuldades para se recuperar economicamente.

Desigualdade nos tempos contemporâneos: As segregações sociais e econômicas impactam diretamente as oportunidades dadas a cada indivíduo. Ideias divulgadas atualmente, como a de meritocracia, são pouco inclusivas porque não levam em consideração as limitações enfrentadas pelas classes mais pobres, confrontadas pelos constantes privilégios dos grupos mais ricos.

Como podemos notar através do que vimos, a desigualdade social sempre existiu. Então isso independe de época ou sistema social. Na verdade, a desigualdade também não é econômica ou tecnológica: é ideológica e política.

domingo, 16 de agosto de 2020

Brasil entre os movimentos nativistas e separatistas


Em 1763 a capital da colônia brasileira, muda de Salvador para o Rio de Janeiro, devido a descoberta do ouro em Minas Gerais. Tudo isso pois o porto mais próximo era nas terras cariocas. Ainda assim, imperava no Brasil o Pacto Colonial, que o obrigava a comercializar só com a metrópole (no caso Portugal).
A sociedade da colônia era estimada em 2 milhões de pessoas por volta de 1800, com maior concentração em Pernambuco.
No Brasil, 65% da população era de africanos e seus descendentes. Os brancos somavam 28% dessa população. O restante era de indígenas e mestiços.

sábado, 15 de agosto de 2020

Nakano Takeko: A mulher samurai


Apesar das mulheres bushido terem sido apagadas propositalmente da história japonesa, seus atos permaneceram vivos através de museus, lendas e de quem não deixou que essas guerreiras desaparecessem por completo. Uma delas, foi Nakano Takeko.

Nakano Takeko nasceu em abril de 1847 e cresceu na era Edo. Estudou matemática, literatura, artes, poesia e manejava sua naginata com maestria. Era corajosa, filha de um oficial de Aizu e escolheu o caminho do bushido. Recebeu treinamento em artes marciais desde os seis anos de idade e admirava TomoeGozen, uma mulher samurai que morreu 600 anos antes.

Seu mestre de artes marciais era Akaoka Daisuke e também seu tutor já que seu pai faleceu. Logo, se tornou instrutora. Treinava oito horas por dia. Liderou um mini exército Joshitai de 20 a 30 mulheres na batalha de Aizu que incluíam sua mãe e sua irmã mais nova.

Como funcionam o Capitalismo e o Socialismo?

Vamos compreender como funciona esses dois sistemas.

Como funciona o capitalismo:
O Capitalismo é um tipo de sistema econômico (e por que não, político) que orienta a produção, consumo e organização mundial de grande parte do mundo há um bom tempo. Esse sistema é baseado no lucro e na acumulação de riquezas. O objetivo central é na propriedade privada dos meios de produção como um caminho para obter lucro em cima disso. E para isso se pode usar máquinas, terras ou instalações industriais. Esses sãos os meios de produção.
Pois através desses meios de produção, gerará renda por meio da exploração de três elementos básicos:
  • O capital, os investimentos para os meios de produção;
  • Os recursos naturais, isso quer dizer as fontes de produção onde obteremos as matérias primas;
  • E a força de trabalho, a mão-de-obra que fará esse sistema funcionar.
Tudo isso tem um custo e uma receita que devem ser distribuídas entre duas classes sociais. Que são elas a burguesia (o empresário) e o proletariado (o trabalhador).
Os primeiros são claramente os mais favorecidos dentro de um sistema capitalista. Pois eles são os donos dos meios de produção, que controlam e administram esses custos e recursos. Pagando aluguéis, salários e investimentos, recebendo no final o lucro por toda a atividade.
Então podemos dizer que uma sociedade é tratada como capitalista quando possuí essa relação de classes entre capitalistas (o burguês, o empresário) e os operários (o proletariado, o trabalhador).
O capitalismo tem um mercado livre com pouca ou nenhuma interferência do Estado. Assim, as empresas deveriam vender seus produtos conforme a lei da oferta e da demanda.
Tudo isso se deve ao século XV, quando o sistema feudal começou a se enfraquecer, onde o lucro era para poucos (os senhores feudais). Onde logo surgiria a ideia de propriedade privada. Graças a burguesia que começava a ganhar poder político e social.

Como funciona o socialismo:
O pensamento socialista contestava a ordem capitalista burguesa resultante da Revolução Industrial e propunha meios de transformação disso. Os nomes mais importantes sobre essa ideologia são os alemães Karl Marx e Friedrich Engels.
Em 1848, eles publicaram o Manifesto comunista, mas a obra que realmente continha todos os pensamentos sobre isso era O Capital.
Marx teria criado o conceito de "mais-valia", que era diferença entre a riqueza gerada por um operário e o pagamento que recebia por seu trabalho. Isso era mostrado como uma forma desigual de pagamento pelos serviços prestados pelo proletariado (os trabalhadores).
Assim ele dizia que os trabalhadores (proletariado) teriam que ir contra os empresários (burguesia), pois assim isso mudaria a sociedade capitalista. Assim forçando a ação política que a transformaria em uma sociedade socialista. Era sua idealização de uma sociedade justa.
Segundo Marx primeiro seria instaurar uma ditadura do proletariado eliminaria a propriedade privada; depois, com o fim das desigualdades econômicas e sociais e do próprio Estado, viria o comunismo.

Falado isso, como funcionaria cada sistema político e econômico?
Bem nós não estamos falando que é um melhor que outro. Mas sim que cada um tem diferenças entre si. Como sistemas de computador (Windows, Linux e DOS) ou um celular (Android e IoS). Sabendo disso, pense nos clientes como o povo, os sistemas de celular como os sistemas econômico e político, o criador desses sistemas como um dos pensadores que apoiavam esses sistemas (Karl Marx e Adam Smith, por exemplo) e os técnicos como os políticos. Às vezes, o povo faz as coisas de maneira certa, como um cliente querendo que ele funcione bem. Entretanto, se o técnico quiser enganar o cliente, especialmente pois pode não entender nada sobre isso, ele pode culpar coisas que não existem e colocar mais peso no valor de um conserto ou de um item dentro daquele sistema.
Entenda, socialismo não é caridade, nem um bicho de sete cabeças que devora almas. O capitalismo também não é impossível de entender como um assassino serial na esquina da sua casa. Quem você deve cobrar é o político que está por trás do sistema que você depende. E não deixe que ele culpe o sistema (seja o socialismo ou capitalismo, pois posso citar exemplos que deram certos em ambos), mas demonstre as falhas dele.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

As diferenças entre Esparta e Atenas - Parte 2

Entretanto a questão de educação de cada uma das poléis (plural de pólis, as cidades-Estado da Grécia Antiga) era diferente. 

Esparta:
Os meninos espartanos eram retirados do seio da família aos 7 anos e deveriam aprender a lutar, matar e roubar. Tudo para estarem prontos contra qualquer eventual inimigo da cidade-Estado. Defender a cidade acima de tudo era a meta dos líderes do lugar, e para isso, deveriam ter soldados experientes. Pois todos eram bem treinados. 
Note que as mulheres espartanas até eram bem tratadas nesse ponto, pois poderiam aprender a se defender, fazer exercícios físicos como dito. Mas isso tudo, para criar filhos e assim gerar novos soldados para Esparta.
Sem contar que se uma criança nascesse e se fosse considerada frágil ou com algum defeito físico, ela seria jogada de um penhasco. Pois não estaria apta a ser uma mulher útil para gerar soldados ou de ser um soldado resistente para as batalhas.
Quando uma criança nascia, os pais não tinham direito de criá-la: deviam levá-la a um lugar chamado Lesche. Lá os ançiãos da tribo examinavam o bebê. Se o achavam bem encorporado e robusto, eles o deixavam. Se era malnascido e defeituoso, jogavam-no no abismo.
Plutarco

Atenas: A educação dentro de Atenas era algo mais preparado. Ela era de modo privado. Pois quem podia colocava seus filhos em escolas privadas. A partir dos 7 anos de idades.
E ainda contratava pedagogos para acompanhar os estudos das crianças. Essas pessoas eram responsáveis por ajudar nas tarefas e a estudar em casa o que foi ensinado nas escolas.
Os atenienses valorizavam a educação do espírito, acima da do físico (poesia, música e teatro por exemplo). Ainda assim não descuidavam do corpo, ainda que só os meninos ricos tinham acesso a formação completa.
Quando as meninas atenienses, elas não tinham ensino. Eram preparadas para ficar em casa, zelando pelos filhos, tecer, fiar e participar dos eventos religiosos. As mulheres mais pobres tinham que vender alguns produtos nas praças e outros métodos de lucrar.
Assim devemos pensar que todas as classes têm sua virtude própria como disse das mulheres o poeta: "Para uma mulher, o silêncio é fator de beleza, o que não é valido para um homem.
Aristóteles

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Características do Renascimento Medieval: a teoria religiosa contra o Humanismo

Após as Cruzadas e o Renascimento Comercial e Urbano, a Europa viu uma pequena mudança nas ideias da população, devido a mudanças na região. Isso acontece pois, depois de todas as crises que aconteceram no final do século XIV, a implantação de escolas no século XI, parecia ser uma nova visão do mundo. 
Anteriormente, as escolas eram administradas por padres, o que normalmente significava se voltarem para teorias cristãs que não se pautavam em fatos comprovados. Os alunos tinham que acreditar em explicações religiosas.
Mas com os impactos causados pela Baixa Idade Média, mestres e aprendizes diminuíram a influência dentro de escolas e assim ampliar o estudos. Antes os sacerdotes se concentravam em direito, medicina e teologia. Após isso, os professores ampliaram isso para poesia, filosofia, matemática, história e eloquência (retórica e filosofia).
Podemos notar aqui a diferença dos pensamentos entre as ideias da igreja e dessa nova esfera de conhecimento: o Humanismo. Com eles:

Na Alta Idade Média a predominância era do teocentrismo (Deus era o centro do universo, pela visão religiosa) e geocentrismo (que o planeta Terra era o centro do universo, por uma visão mais científica, além de falarem sobre a ideia que o planeta era plano. A famosa história da "Terra Plana").

Na Baixa Idade Média começou a ser difundido o antropocentrismo (onde o homem era centro de todo o universo, de modo filosófico) e heliocentrismo (que o Sol seria o centro do universo).

sábado, 8 de agosto de 2020

Rebeliões contra o domínio português: revoltas nativistas e separatistas.

Revoltas Nativistas: Devido a exploração do ouro no Brasil por Portugal, o segundo (que era metrópole) aumentava as fiscalizações e os impostos, quando o primeiro era colônia. Isso criou pequenas revoltas. Como elas só queriam mudanças na situação antes citada (dos impostos e fiscalização). Por isso, esses era chamados de nativistas. Tinham esse nome, pois suas reivindicações se restringiam  
Uma delas, foi a Revolta dos Mascates. Ocorrida no Recife em 1710. Foi uma reação dos senhores de engenho contra os comerciantes portugueses, chamados pejorativamente de mascates. Com base em Olinda, eles cobravam altos preços pelos produtos, que vendiam, além de ter o direito de cobrar impostos e dívidas pela Coroa portuguesa.

Revoltas Separatistas: Mas as ideias iluministas e liberais chegariam ao Brasil durante o século XVIII. Agora sim essas rebeliões seriam separatistas, querendo romper com a Coroa portuguesa. O descontentamento com os impostos era ainda maior na metade do século. Sem contar que muitos jovens da elite brasileira passou a estudar na Europa, onde tiveram contato com as ideias liberais e iluministas, e trazia novas propostas para a colônia.
Isso inspirou atitudes como a Conjuração Mineira. Isso, pois a partir da segunda metade do século XVIII, a região mineradora apresentava sinais de esgotamento. O que reduziu a arrecadação na área. 
Aconteceu aumento dos impostos e outras formas de controle da área mineira. Isso causou a revolta.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

As diferenças entre Esparta e Atenas - Parte 1

A mulher espartana não era uma pessoa totalmente livre dentro das poléis (coletivo de polis, as cidades-Estado grega). Entretanto, ela possuía certas liberdades que em outras cidades não existia. Incluindo Atenas, o berço da democracia.

Esparta: A mulher era vista como um meio de produzir novos soldados, portanto elas eram respeitadas. Mesmo que não entrassem diretamente em batalhas. Elas continuavam não fazendo parte do exército, nem possuindo muitos direitos. As aproximando de como viviam os escravos nesse último quesito.
Elas poderiam treinar exercícios físicos e até mesmo aprender técnicas militares. Ao ponto de se tornarem mais firmes em suas decisões. Tanto que algumas frases dessas mulheres ficaram para a história.
O choro é para os covardes, mas tu, meu filho, eu te enterro sem uma lágrima; você é meu filho e filho de Esparta também

-Frase de uma mãe espartana

Atenas: Aqui a mulher quase não poderia ter direitos. Na verdade, ela se tornava a propriedade dos homens da família. Se uma moça era parte de uma família, ela pertencia ao pai. Quando ela casava, ela pertenceria ao marido então. Isso demonstra um poder de posse aos homens que não existia para as mulheres. 
Nós podemos comparar isso ao escravismo mesmo. Pois nem votar tinham como direito, tal qual os escravos.
O silêncio é a graça da mulher 
-Frase de Sófocles

Ao que tudo indica, viver em Esparta era melhor do que em Atenas? Mas isso é só uma das diferenças entre essas duas cidades claramente contrastantes. 

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Folclore, mitos, lendas, lendas urbanas e creepypastas: O que são?

Folclore: Dentro de uma cultura é o modo de sentir, pensar e agir de uma cultura, de um povo. Seriam um conjunto ou coletânea de tradições e histórias fictícias desse grupo ou sociedade. Podemos notar que no Brasil, mesmo que tenhamos lendas brasileiras (como de diversos encantados, equivalentes as fadas europeias), existem grupos de ondes eles se originaram, como o folclore indígena e africano. Muitas vezes, o que fazemos é um "sincretismo folclórico", ou seja, absorvemos partes daquele mito para o nosso conjunto (como o caso do Saci Pererê ou a Iara). 
Quase sempre esse folclore é transmitido pela literatura oral ou registro oral. Vamos ter com isso músicas, canções, parlendas, contos populares, mitos e lendas.
Lendas:
 Seria um constante imutável. Tomemos Salamanca do Jarau como um exemplo. É uma lenda que jamais deixará sua localização. O Cerro do Jarau. Se localiza no município de Quaraí, no oeste do Rio Grande do Sul, onde o Brasil faz fronteira com o Uruguai.
Não há como associar a lenda da Salamanca do Jarau daquela região do Cerro do Jarau. Ela além de ter uma localização específica, tem um tempo específico também. Voltando ao uso de Salamanca do Jarau, ela teria sido presa ali na época da vinda dos mouros e espanhóis, na região do Rio Grande do Sul. Assim como o Neguinho do Pastoreio (após a escravidão ou final do período escravocrata do Brasil Império no Pampa Gaúcho).
As lendas podem ter ocorrido mesmo (um fato histórico, algo real), entretanto, como ele normalmente é passado de geração a geração, sua origem pode se perder com o tempo. Especialmente quando ela é transmitida de forma oral.
  • A lenda é sempre de um local específico.
  • Não pode migrar de um lugar para outro.
  • Quase sempre representa um período e região específica.
Mito:
 Já o mito é dinâmico e está em constante transformação. O mito ele se altera, de um lugar para outro, de uma região para outra.
Podemos notar isso no mito do Lobisomem, ao qual, aqui no Brasil, passou a ter um caráter diferente para seu surgimento. Enquanto na Europa, ele surgiria como fruto da mordida de outro lobisomem ou de um lobo, aqui ele passou o sétimo filho dentro de uma família. Lembrando que as famílias eram enormes em tempos antigos, até uns 40 ou 30 anos atrás. 
Mas também ele pode mudar de uma região para outra. Como no caso o Curupira ou a Caipora, representados de formas diferentes de uma área para outra.
Outras características da mitologia é que as forças da natureza, muitas vezes são representadas sob a forma de seres pessoais (animais ou seres humanoides, como deuses, semi-deuses e criaturas fantásticas.
Mitologia é o estudo do conjunto desses mitos. Tanto que o que falei sobre mudança nos mitos vale aqui para as culturas gregas e romanas: O deus Zeus (grego) vira Júpiter (romano), Ares (grego) vira Marte (romano), Hefesto (grego) vira Volcano (romano), entre outros. Até mesmo o mito do Minotauro e da Medusa tem diferenças dependendo de sua origem e de quem a conta.
  • Nos mitos, temos mudanças de um lugar para outro, dependendo das condições das histórias.
  • Normalmente representam elementos da natureza através de formas humanas. Tais como a Lua, o fogo, entre outros.
  • Eles não mudam só de país para país, mas de regiões, até aproximadas.
Lendas urbanas:
 Na verdade, estas lendas urbanas e histórias fantásticas ganham fama por serem divulgadas no boca-a-boca, e, após a revolução digital, por e-mails, sites, entre outros. Frequentemente são contadas com a premissa de terem acontecido com “um amigo da gente” e são enviadas com uma série de alardes do tipo “cuidado, isso pode acontecer com você”.
Elas ultrapassam décadas sendo espalhadas com pequenas alterações, como diz a sabedoria popular: “quem conta um conto aumenta um ponto”. Algumas foram traduzidas e fazem parte da cultura de vários países, como no caso da loira do banheiro, lenda que causa arrepios em pessoas de todas as idades até hoje. A história é sobre uma doce garota que teria se suicidado ou sido assassinada dentro de um banheiro, então, com sua alma presa ao sanitário, às vezes resolve aparecer e assustar quem está fazendo suas necessidades.
Na verdade, as chamadas lendas urbanas, deveriam ser tratadas como mitos urbanos. Explico, outra dessas história é da Dama de Branco, que pede carona aos homens nas estradas. Segundo alguns, na versão norte-americana, ela teria matado seus filhos devido as traições de seu marido. Já na versão mexicana, é apresentada a Chorona (Llorona), que seria uma mulher que busca incessantemente por seus filhos.
A maioria destas lendas urbanas são baseadas em fatos reais, mas acabam sendo distorcidas ao longo do tempo. As características principais deste tipo de literatura e história são:
  • História sempre pequena, buscando o máximo de leitores ou ouvintes com uma estrutura de fácil entendimento.
  • Busca autenticidade por meio de fatos, locais reais, personagens conhecidos e provas.
  • Todos que as contam geralmente dizem ter ouvido de alguém conhecido e procuram dar veracidade ao fato como se tivesse realmente vivido.
  • Assim como mitos mudam de uma região para outra.
Creepypastas:
 Só deixando claro, que as creepypastas, quase sempre não tem nenhuma característica que identifique de onde elas sejam. Aliás, dificilmente usam uma origem de alguma cultura em si.
Creepypasta é o nome dado para as histórias de terror ou lendas urbanas que são divulgadas através da internet.
Esta é uma palavra em inglês, formada a partir da junção do termo “creepy”, que significa “arrepiante” ou “assustador”, com a expressão “copypaste”, que quer dizer “copiado e colado”.
Ou seja, as creepypastas são histórias copiadas e coladas em fóruns e demais redes sociais de modo “viral”, espalhando-se rapidamente no universo online.
As creepypastas são narrações escritas de modo bastante envolvente, normalmente relacionadas com conteúdos ou produtos da cultura pop, como músicas, filmes, videogames, personagens de desenhos animados e etc.
O principal objetivo das creepypastas é assustar os leitores, além de se espalharem para o maior número possível de pessoas, através de compartilhamentos.
As creepypastas mais famosas estão relacionadas com “episódios perdidos” de séries televisivas ou de desenhos animados, que mostram cenas em que os personagens supostamente comentem suicídio ou fazem outros atos considerados bizarros.
Além de terem transformado em icônicos personagens da ficção como Slender Man, Jack The Killer e Siren Head, se usa de coisas como games (a história de Ben com Zelda: Majora Mask).

sábado, 1 de agosto de 2020

Uma pequena visão do quão prejudicial foi o AI-5

O AI-5 foi um marco na Ditadura Militar. Não quer disser com isso que ele foi benéfico ao Brasil. Na prática o documento dava poderes ilimitados ao presidente da República para impor uma série de medidas de exceção, como o fechamento do Congresso, cassação de mandatos de políticos eleitos, intervenções do governo federal nos estados, além de prisões e suspensão dos direitos políticos de qualquer cidadão, sem necessidade de justificativa.
Eu tinha o AI-5 podia tudo.
Essa frase é de Emílio Garrastazu Médici, terceiro presidente militar, em entrevista a Antonio Carlos Scartezini publicada no livro Segredos de Médici, em 1985. O presidente Médici herdou o AI-5 de seu antecessor, Costa e Silva, e governou com mão de ferro.
A impressão que tenho é que cada um procura tirar o maior proveito possível do momento porque começam a perceber a quase impossibilidade de uma saída para os destinos do país [...] Os erros da Revolução foram se acumulando e agora só restou ao governo "partir para a ignorância".
João Baptista Figueiredo, quinto presidente do regime militar, fez esta análise sobre o AI-5 em carta de 13 de Janeiro de 1969 a Heitor Ferreira, quando ainda era coronel. Em 1979, Figueiredo sucedeu Ernesto Geisel na Presidência da República, um ano após a revogação do AI-5.