quinta-feira, 30 de abril de 2020

A origem do ser humano americano (Sexto Ano)

Nós temos hoje em dia, consciência, que a origem e a primeira evolução do ser humano se deu, provavelmente na África. Isso se deve ao fato de que os primeiros fósseis humanos foram encontrados no continente africano. E que por volta de 1 milhão de anos atrás, nossos ancestrais (homo sapiens já nesse momento) se dispersaram e ocuparam outros continentes. Vamos ver como isso aconteceu no continente americano.
Os pesquisadores desses seres humanos da era pré-histórica, tem como meios de pesquisar sobre esse período esqueletos humanos, restos de fogueiras, pedaços de cerâmica, pinturas rupestres, resquícios de aldeias e habitações, entre outros vestígios que foram deixados há milhares de anos. Esses que pesquisam dados da pré-história, são chamados de arqueólogos.
Para determinar a data aproximada a que pertencem os vestígios arqueológicos (Ou seja, usando de alguns meios, os arqueólogos conseguem dizer em que época surgiram esses vestígios. Que são quase sempre registros materiais, quase sempre móveis. Mas existem poucos registros visuais.) muitos usam alguns meios para isso:

  • Estratigrafia: as camadas de areia, terra ou pedra guardam vestígios do passado. Dependendo da camada (estrato) de areia em que os fósseis ou objetos são encontrados, estima-se o período em que viveram ou foram utilizados. Os que se localizam mais superficialmente são os mais recentes, enquanto que os mais profundos são os mais antigos. Lembrando que isso é uma ESTIMATIVA, ou seja, um período aproximado de quando aquilo aconteceu;
  • Carbono-14: todos os seres vivos absorvem em seu corpo, um elemento chamado carbono-14. Após a morte, esse elemento vai diminuir depois de um longo tempo no corpo de um ser. Assim ao medir o carbono-14 restante em um corpo podemos calcular a idade desse vestígio: quanto menor a quantidade desse elemento, mais antigo é o vestígio. 
Além disso, podemos usar equipamentos diversos para ver melhor certas coisas dentro de uma área arqueológica, como câmera fotográfica de ampla resolução, drone e laser scanner. Esses equipamentos captam com mais detalhes e alta definição imagens dos locais pesquisados.
A arqueogenética que usa técnicas de extração de DNA de ossos por exemplo, é possível, por exemplo, realizar o sequenciamento e traçar a identificação genética entre povos de diferentes tempos e locais. 

domingo, 26 de abril de 2020

Interesses privados e públicos (Oitavo Ano)

Também conhecido Rei Sol, que detinha todo o poder do Estado para si
Durante o Antigo Regime (monarquia absolutista), a prática do patrimonialismo fazia com que o rei agisse como se fosse dono de todos os bens do Estado. Os impostos recolhidos pertenciam a Coroa. "O Estado sou eu" é uma frase que marca o absolutismo.
Prisão do ex-presidente Luis Inácio "Lula" da Silva
Contudo os ideais do Iluminismo criaram condições para que os governantes passassem a ser vistos como representantes dos cidadãos. Assim, o governante deveria obedecer as leis e usar temporariamente os bens do Estado, que eram chamados de públicos, pois pertenciam à população que vivia naquele país. Podemos fazer uma comparação que é essa noção de bens públicos que nos faz poder punir uma pessoa ser presa pelo uso do dinheiro para seu benefício.
"Eu sou a Constituição" frase do presidente Jair Messias Bolsonaro
ao tentar lidar com críticas ao apoio a passeata que pedia o fechamento
do Congresso e o AI-%
O caráter de espaço público é um lugar onde as relações políticas, permitem o povo participar: votando, sendo votado, protestando, propondo e exigindo. E é nesses espaços que estão bens e serviços que pertencem as pessoas, por serem construídas com o imposto recolhido do povo. O que é público é de todos os cidadãos. E o uso do espaço público é regulamentado por lei.
Já os espaços públicos é onde se dão as relações que dizem respeito à intimidade e ao interesses privados. Os direitos individuais que todas as pessoas tem por lei. Cada pessoa tem seus interesses que nem sempre caminham com os interesses de outros.

Crescimento demográfico na Europa - séculos VIII a XIII (Sétimo Ano)


Em seiscentos anos, o número de habitantes aumentou de forma tremenda na Europa.
Acompanhem: 

  • Nesses seiscentos anos, o número de habitantes cresceu em mais de 40 milhões;
  • No ano de 700, eram 27 milhões de pessoas;
  • No ano 1000, eram 42 milhões de pessoas;
  • E em 1300, calcula-se que a Europa era habitada por 73 milhões de pessoas.
Estrutura de igreja românica
Durante anos a concentração populacional sempre se concentrou na área rural. Por volta do ano 1000, não havia cidades com mais de 10 mil habitantes. Já em torno do ano 1200, cidades italianas chegavam a ter mais 100 mil habitantes. E Paris, 80 mil.
Esse aumento da demografia se deve as melhoras na produção agrícolas, que como vimos também se deve as inovações tecnológicas, as diminuições de invasões no território e as relações sociais e de trabalho estabelecidas nos séculos XI e XIII.
Estrutura de igreja gótica
A grande produção de alimentos contribuiu para a melhoria da condição de vida nas diversas áreas da vida social medieval. As pessoas passaram a viver por mais tempo. Por conta disso houve um significativo no aumento demográfico (aumento populacional).
Algumas amostras que o número populacional crescia vertiginosamente eram as transformações na arquitetura religiosa. A própria mudança do românico para o gótico demonstra a necessidade de áreas internas maiores, para comportar um numero crescente de fiéis.
Mesmo as igrejas rurais necessitaram de reformas no século XIII. Nota-se isso com a reconstrução de suas naves - espaço central da porta ao altar - que se tornaram pequenas. 

(Ciência em Séries) Paradoxo Temporal Ontológico

Muita gente não compreende o Paradoxo Temporal Ontológico (Bootstrap Paradox, em inglês). Apesar de Doctor Who sempre mexer com isso, talvez a primeira vez que tratou diretamente sobre isso de forma direta com o espectador foi no episódio quatro da nona temporada (Before the flood). 

Nele, o Doutor nos coloca em uma proposta científica no começo do episódio (que com certeza deve ter acontecido com ele, pois ele ama mexer na linha do tempo): 
O Doutor, coloca o personagem principal da sua hipótese é sobre  alguém que quer viajar no tempo:


  • Ele viaja no tempo para procurar e encontrar Ludwig Van Beethoven, pois era um grande fã do compositor e músico.
  • Parte então para a Alemanha do século 18, com as composições para autografar.
  • Mas não encontra Ludwig Van Beethoven, ninguém nunca ouviu falar dele.
  • Ele encontra com aquele que seria Beethoven, mas não estava inclinado para a música.
  • Ainda assim, para impedir que o mundo ficasse sem o músico, ele mostra ao jovem sas partituras que trouxe.
  • Ele as aprende e as copia. Além de publicar. Ele "torna-se Beethoven".
A grande questão é, se não existia um "Beethoven" antes, quem compôs músicas como a Quinta Sinfonia de Beethoven? 
Usando esse exemplo podemos entender isso usando um trecho do post no blog 2 + 2 = 5. Leiam:

"Neste ponto o leitor atento pode ser perguntar “De onde o barrete veio?”. A resposta não é tão simples como o questionamento. A principio pode parecer que ele foi gerado espontaneamente em algum momento, mas uma observação mais atenta me levou a crer que ele existiu antes dos acontecimentos da viagem, passando a fazer parte do loop após ele ter sido inciado. O tempo foi reescrito, uma linha do tempo prévia existiu aonde o barrete não fez a viagem e os acontecimentos envolvendo os personagens não haviam acontecido ainda. Foram as ações que então colocaram em movimento através do tempo o barrete, alterando a linha temporal anterior e criando uma nova."

Séries como Doctor Who, The Flash e até Dark tratam sobre essas ideias

terça-feira, 21 de abril de 2020

Mudanças na Idade Média - Evolução tecnológica e agrícola (Sétimo Ano)

A Alta Idade Média (Século V até o século X) vemos que foi marcada na Europa por:

  • invasões dos vikings (de origem germânica), magiares (de origem hungára) e árabes (muitos de origem islâmica);
  • uma economia baseada na agropecuária (agricultura e pecuária) através do escambo e comércio muito restrito;
  • estilo de vida que se centralizava nos feudos e fortemente influenciado pela Igreja. E o cristianismo era detentor de todo o conhecimento, não tolerando aqueles que pensavam de forma mais independente.
Entre os séculos X e XI, a Europa passou por um momento de relativa paz. As invasões diminuíram, as relações políticas e sociais estavam mais definidas e a vida nos feudos, um pouco melhor. Isso ajudou no desenvolvimento tecnológico em diversas áreas, com destaque para os instrumentos agrícolas, o que ajudou na produção de alimentos. 
Veja as imagens a seguir e suas legendas:
Rotação trienal de culturas que foi difundido no século X. Esse processo aumentou a produtividade do solo.
Charrua que gradativamente substituiu o arado de madeira. Confeccionado em ferro, produzindo sulcos mais profundos no solo. Deixando o solo mais fértil.

segunda-feira, 20 de abril de 2020

A cidadania Moderna graças a Idade Moderna (Oitavo Ano)

Para começar devemos ver a definição de cidadania do historiador Jaime Pinski:

Jaime Pinski
Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranquila. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais.
PINSKI, Jaime. História da cidadania. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2006. p. 9.

Um exemplo atual de direitos
Os direitos que um cidadão possuí vem sendo construídos desde o século XVII, com base na atuação dos filósofos iluministas. Eles teriam dado os estímulos a movimentos e as revoluções que gradativamente limitaram os poderes do rei e ampliaram os direitos e possibilidade de atuação dos cidadãos.
Se podemos colocar nossas opiniões em redes sociais, expressar nossa felicidade ou tristeza na internet através de fotos, mandar mensagens (seja de modo virtual ou físico, organizar greves em defesa de uma situação ou contra uma prática, fazer passeatas e defender direitos trabalhistas, exigir ressarcimento em impostos caso sejam abusivos ou errados, denunciar autoridades que nos desrespeitam, lutar pelo seu direito de se defender devido a um crime (seja culpado ou não), nós devemos tudo isso ao iluminismo.
Esses direitos de cidadania variam muito dependendo do país ou de regiões dentro dele. Em alguns eles são mais ampliados e assegurados pelo governo e em outros eles são limitados.
Há ainda os países

A Política da Ditadura Militar Brasileira e os Atos Institucionais

A política dos chamados Anos de Chumbo foram promulgados os Atos Institucionais, uma série de medidas feitas pelos militares durante esse período para controle abusivo da política.
Vejamos primeiros os Atos Institucionais (AI):

  • AI nº 1 (1964): Foi feito para deter a ação do Congresso - que articulava para a eleição - do novo presidente da República. Para deter os civis, os militares se auto-outorgaram poderes políticos, esvaziando política e fisicamente o Congresso, através das cassações. Ampliaram o "poder revolucionário" ao estender a cassação de direitos a outros setores da sociedade. Como no caso da extinção da CGT (Central Geral dos Trabalhadores) das Ligas Camponesas e da UNE (União Nacional dos Estudantes);
  • AI nº 2 (1965): Permitia ao governo federal legislar em forma de Decretos-lei e extinguia os partidos políticos, permitindo apenas o bipartidarismo, a ARENA e o MDB, além da eleição indireta para a presidência;
  • AI nº 3 (1966): Determinava eleições indiretas para governadores de estados;
  • AI nº 4 (1966): Por meio deste, o governo convocou todo o Congresso Nacional em sessão extraordinária para votar, discutir e promulgar uma nova constituição em ritmo de trabalho acelerado. Sem dúvida, a urgência da ação seria fundamental para que tais leis fossem discutidas sem o devido cuidado;
  • AI nº 5 (1968): Autorizava o recesso parlamentar nos planos federal, estadual e municipal; o direito a intervenções nos estados, municípios e territórios; ampliava o direito às cassações políticas, além de suspender mandatos por dez anos, permitia a decretação do estado de sítio, o confisco de bens, eliminava o direito de habeas-corpus (aguardar processo em liberdade) para os acusados de crimes políticos.
Além de tudo isso:
  • temos a Constituição de 1967, que, em síntese, confirmava os decretos-lei, conferia ao Executivo poderes ilimitados, institucionalizando a ditadura";
  • Lei da Imprensa e a Lei da Segurança Nacional, inspirada no modelo americano;
  • Emenda Constitucional nº, de 1969, outorgada pelos militares, fortalecida ainda mais o poder Executivo em detrimento do Legislativo e do Judiciário.

sábado, 18 de abril de 2020

Diferentes visões da história - Parte 2 (Sexto Ano)

Então compreendemos que na maioria das sociedades, existiram fatos significativos que se tornaram o marco de sua contagem do tempo. Tais como:
Calendário judaíco

  • o nascimento de Cristo, que é usada por boa parte da sociedade ocidental cristã. Por isso estamos no ano de 2020;
  • já entre os islâmicos, a Hégira, que é quando o profeta Maomé parte para a cidade de Medina. Portanto para os islâmicos seria o ano de 1442;
  • Além de outros povos que marcam sua história de outros modos.
Podemos notar que muitos marcos históricos ocorrem por conta da religião.
Então os eventos históricos dividiram tudo em períodos históricos. Pois cada um traz mudanças drásticas no modo de vida dos povos estudados. Ou seja, um marco histórico.
Nós dividimos isso em linhas do tempo.
Segundo as linhas do tempo, nós estamos no período conhecido como Idade Contemporânea. E talvez, daqui a alguns anos, nem mesmo se chame assim. A história sempre muda. 

A História e seus períodos (Sétimo Ano)


Os historiadores dividem a história em períodos. 
Um período significa intervalo, divisão de tempo. Para dividir os períodos históricos, é necessário definir quais aspectos da vida em sociedade vamos e queremos conhecer, analisar quais os temas relevantes a serem estudados e quais são os objetivos desse estudo. Definindo o tema conseguimos notas suas principais características e, através de muita pesquisa, percebemos quais mudaram e quais permaneceram ao longo do tempo.

Podemos fazer um paralelo com os períodos históricos, com a Idade Média e a vida escolar. Para tanto, em qualquer um dos dois casos podemos medir esses eventos em de curta, média e longa duração:

  • Uma aula é um evento de curta duração = Como por exemplo um suserano fazer uma cerimônia em que transforma um nobre em seu vassalo é um evento de curta duração;
  • A conclusão de um ano escolar tem média duração = Um evento de batalha como uma das Cruzadas pode ser tratado como evento de média duração;
  • O fim do ensino básico (do Primeiro Ano do Ensino Fundamental até o Terceiro do Ensino Médio) tem longa duração = Algo como o surgimento do cristianismo como o conhecemos é de longa duração.
Podemos dividir a história, de um modo simples no que chamamos de História Geral. Podemos notar que segundo vemos na história, essa periodização ocorre da seguinte forma:
  1. Pré-História (período antes do surgimento da escrita e começo da evolução das cidades como viríamos a conhecer);
  2. Idade Antiga (ou também chamada de Antiguidade);
  3. Idade Média (chamada mais tarde de forma errônea de "Idade das Trevas". Mas não é correto afirmar isso);
  4. Idade Moderna (chamada pelos iluministas como "Idade das Luzes")
  5. Idade Contemporânea.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Diferentes visões da história - Parte 1 (Sexto Ano)


Compreendemos que existem diversas visões do tempo, dependendo do período. Devido ao domínio das sociedades com base de religiões católicas apostólicas romanas, o tipo de calendário que uma grande parte da sociedade usa e utilizamos quase sempre nos estudos históricos, é o cristão. 

Ou seja, mesmo que vivamos no mesmo planeta pessoas e outros povos vivem e veem o tempo de modos diferentes. Um exemplo disso, são os calendários gregoriano e otomano:


  • gregoriano: o calendário cristão, adotado pela maioria das sociedades ocidentais, também é conhecido como calendário gregoriano. Isso se deve pois o papa Gregório XIII que oficializou seu uso em 1582.
  • otomano: relativo ao Império Otomano, também conhecido como Império Turco, que dominou grandes áreas da Ásia, do norte da África do sudeste da Europa entre os séculos XIII e XX. Tinha sede em Constantinopla e viveu seu auge entre os séculos XVI e XVII.
Cada registro de cada tempo tem um marco diferente que conta o tempo a partir dele. Por exemplo:
  • No cristianismo, temos como marco a data do nascimento de Jesus Cristo.
  • No islamismo, temos a Hégira (a partida do profeta Maomé para a cidade de Medina).
  • No judaísmo, seria quando Abraão com sua tribo teria saído da cidade de Ur, na Caldeia, e foram para terra de Canaã, onde se estabeleceram.
  • No budismo, os chineses acreditavam que Buda teria reorganizado os anos de acordo com o ano em que nasceu. Esse talvez seja o tipo de calendário mais mitológico de todos. Já que no caso, quem teria criado ele foi a própria figura divina.
Quase sempre quando notamos, vai estar escrito a.C., a.H., d.C, e d.H. numa linha do tempo. Isso se deve ao fato de quando estiver escrito "a." se refere a períodos e fatos que ocorreram antes do marco histórico. E quando estiver escrito "d." se refere a períodos e fatos que ocorreram depois do marco histórico.
Exemplo: a conversão de Saulo de Tarso, no apóstolo Paulo acontece d.C., pois acontece APÓS o nascimento de Jesus Cristo.

Características do Nazismo e Fascismo

Algumas coisas que as pessoas não compreendem sobre o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial, e até hoje em dia, são as características dele. Na verdade, nem sobre ele, nem sobre o fascismo. Vamos por partes. Primeiro vemos no nazi-fascismo:

  • Totalitarismo: implantação de um Estado forte de direita;
  • Anti-liberalismo: censura por parte do Estado, dissolução de partidos de oposição, controle das liberdades individuais, fim do direito de greve, regulamentação da economia pelo Estado (ou seja, seu controle), dissolução dos sindicatos, etc.
  • Militarismo: preparação militar. Nesse caso, visando a Segunda Guerra Mundial. Ou melhor dizendo, a conquistas de vários territórios.
  • Anti-comunismo: perseguições aos líderes comunistas e profunda ligação com grandes grupos industriais capitalistas que sustentam o governo.
  • Nacionalismo: aumento da propaganda patriótica de modo quase fanática, condutores dos povos alemães e italianos na Segunda Guerra.
Ainda que possuam essas características, o fascismo e o nazismo são diferentes entre si. Nos seguintes critérios:
  1. a propaganda nazista atinge mais intensamente toda a nação alemã, inclusive o campo;
  2. o nazismo se reveste de um cunho mais fanático;
  3. apenas o nazismo é racista, pregando a supremacia da raça ariana (arianismo). Isso causou perseguições e mortes ditas de raças ditas inferiores pelos nazistas: negros, judeus e ciganos, por exemplo. Os judeus são perseguidos pelo nacionalismo econômico exarcebado no país, não permitindo lucro, para outros povos dentro da Alemanha;
  4. o Estado italiano é mais corporativista, pregando a ação conjunta de patrões e empregados em função do crescimento da nação.

Conceitos do Cristianismo medieval - Parte 1 (Sétimo Ano)

Durante toda a Idade Média (Alta e Baixa) as noções de certo e errado, de bem e mal, todo o conhecimento natural, espiritual e sobre o mundo vinha pelos ensinamentos cristão. E quem detinha esse poder eram os religiosos na Europa Ocidental. Então notamos a extrema religiosidade que vai marcar essa parte do mundo. 
Alguns dos sermões medievais.
O clero se comunicava com povo através das palavras faladas (os sermões) e das imagens presentes nas igrejas. Lembrando que boa parte da população na Europa era analfabeta. Missionários eram enviados para diversas partes, não só para catequizar, mas também o respeito ao papa e as autoridades eclesiásticas.
Até mesmo o teatro era outro instrumento usado pela igreja para difundir a religião e como deveriam respeitar a igreja. 
Só para que tenham ideia, cada feudo tinha suas próprias moedas e leis, um sistema de pesos e medidas e um senhor feudal, que controlava as coisas do seu modo. Mas diferente dos feudos as igrejas tinham sim um sistema centralizado de forma quase política. E obviamente seu chefe supremo era o papa. Então, enquanto o poder feudal era particular (ou seja, de forma menor) o poder da Igreja era continental (pois alcançava toda a Europa e algumas outras regiões vizinhas).
Apesar dos servos terem uma vida difícil, não eram eles que sofriam as mais duras penas nos feudos. Na verdade, algumas pessoas eram até expulsos deles. Essas pessoas normalmente eram retiradas do convívio das cidades por terem cometidos graves faltas ou por estarem com doenças consideradas contagiosas (e na época sem cura), como a lepra (conhecida hoje em dia como hanseníase).
Os doentes eram vistos com dúvida e desconfiança, pois se acreditava que teriam sido abandonados por Deus. Por isso, quase sempre só viviam longe dos feudos vivendo de roubos ou esmolas. Nesse contexto, as pessoas que eram excomungadas também eram retiradas dessa sociedade, pois como vimos, ela detinha poder sobre toda a Europa medieval.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Idade dos Metais (Sexto Ano)


Esse período é a última fase da Pré-História. Vemos aqui o fim das Idades da Pedra (Ou Idade da Pedra), por conta do desenvolvimento da metalurgia. 

Ou seja, eles começaram produzir ferramentas utilizando o metal, já que se desenvolveram tanto ao ponto de compreender como confeccionar itens desse gênero. Primeiro o cobre, depois o bronze e por último o ferro.
Com o surgimento da metalurgia tivemos o desenvolvimento de armas e de ferramentas (como as que seriam usadas na agricultura e pecuária). Isso fez com que o trabalho fosse mais especializado no final da pré-história.

Isso contribuiu com o surgimento de grupos armados que seriam defensores das terras, ou seja, dos territórios de uma determinada comunidade. Isso gerou o que conhecemos como conglomerados urbanos, áreas como as da cidades que já conhecemos.
Como o grande número de armas contribuiu para o surgimento de exércitos, o grande número de alimentos gerou um excedente, ou seja, um número muito maior que as comunidades precisavam para se alimentar.
Aqui vemos um processo de estratificação social, ou seja, uma divisão dos poderes: alguns guerreariam, alguns fariam trabalhos administrativos, outros orariam (obteriam auxílio das divindades) e outros fariam o trabalho braçal, fosse no campo ou nas cidades.
Para terminar, temos consciência até hoje, que os primeiros vestígios escritos feitos pelo homem foram feitos pelos sumérios, na Mesopotâmia.

terça-feira, 14 de abril de 2020

Revolução Francesa: "Cortem-lhe a cabeça!" (1789 a 1799) (Oitavo Ano)

Catedral de Notre-Dame
O Absolutismo é claro nos governos da França e Inglaterra durante muitos anos na Idade Moderna.
Dessa vez nos focaremos na primeira.
Compreendam que a França deve alguns nomes famosos no regime absolutista que se repetiram Luis XII, Luis XIV e Luis XV. Através das aulas já vimos que esses governos detem as falhas morais dos governos absolutistas. Que são:
  • usar o dinheiro dos impostos tanto para obras do Estado, como também para o uso pessoal como o de festas, banquetes, entre outras coisas;
  • a supremacia da figura do rei, onde a igreja colaborava com a ideia de que o governante seria um líder abençoado por Deus;
Sabendo disso, nós notamos que os governos dos reis franceses estão longe de serem exemplares. Para entendermos melhor, temos a seguinte divisão da Sociedade Francesa, colocadas como Estados:

  1. Estado - Clero
  2. Estado - Nobreza
  3. Estado - Burgueses (Alta Burguesia e Baixa Burguesia), artesãos e camponeses

Essa divisão pode ser vista de um modo bem direto para como funcionaria os motivos do povo e da burguesia se revoltar contra a nobreza.

O clero e a nobreza representam os Estados privilegiados, pois não precisavam pagar impostos. E ainda recebem de Luís XVI de forma econômica sob a forma de pensões que sustentavam o seu grandioso e inconsequente luxo.
O 3. Estado que era oprimido e menos favorecido em todos os pontos desse governo absolutista. É estimado que os impostos chegavam 80% do total dos ganhos dos habitantes da França. Os camponeses são os mais atingidos, pois não possuem qualquer privilégio, vivendo oprimidos e miseráveis. Já a burguesia (mesmo sendo parte do 3. Estado difere da nobreza pois não possuí privilégios políticos, embora tenha boa situação econômica. 
Rei Luis XIV, o Rei Sol
Luis XVI, rei absolutista, embora moralmente fraco e administrativamente incapaz, é, ao lado do clero e da nobreza, símbolo da arrogância e do parasitismo do governo. 
Podemos notar no 3. Estado, no caso entres os camponeses e artesãos, um desejo por melhorias acabando com os privilégios do rei, clero e nobreza. Mas para isso, seriam liderados por uma classe rica, culta e também desejosa de mudanças: a burguesia.
É dito que a Revolução Francesa é uma revolução burguesa, pois é liderada e financiada pela burguesia. Conduzindo as massas populares e ao final desse movimento (a Revolução Francesa) passa a conduzir o poder político, impondo a nação um Estado liberal e mais capitalista.

domingo, 12 de abril de 2020

As diferenças entre Idade da Pedra Lascada e Idade da Pedra Polida (Sexto Ano)


Podemos dividir esse dois períodos da Pré-História em pequenas características. Lembrando que podemos chamar esses períodos de Paleolítico (Idade da Pedra Lascada) e Neolítico (Idade da Pedra Polida).
Uma imagem de como seria o paleolítico
No Paleolítico temos:


  • Homens das cavernas (já sendo os homo sapiens) não viviam em um lugar fixo. Ou seja, eram nômades;
  • Eles vivem da caça e coleta de alimentos dos lugares por onde passavam, já que ainda não tinham conhecimentos apropriados;
  • Sem uma residência fixa, os homens normalmente dormiam em cavernas. Mas como dito antes, não ficavam por lá;
  • Não controlavam o fogo;
  • Suas ferramentas eram rudimentares, fracas e precárias. Como pedras rudimentares e lascada ou de ossos.
Uma imagem de como seria o neolítico
Já no Neolítico temos:
  • Os homens passam a viver em um só lugar, deixam de ser nômades e se tornam sedentários;
  • Por terem se tornado sedentários eles conseguiram começar a trabalhar com determinadas áreas mais rurais, mas necessárias para uma cidade se consolidar. Como no caso a agricultura (trabalhando com a flora, ou seja, vegetais) e a pecuária (lidando com a fauna, ou seja, animais)
  • Agora dominavam animais, usados como protetores das casas e construções ou utilizados em trabalhos que exigiam força;
  • Eles conseguiram dominar os animais, muitas vezes por conta do fogo, os ameaçando e depois lidando com eles. Na verdade, o domínio do fogo foi importante não só para isso como também para: assar carnes o que dificultava adoecer por alimentos crus, iluminação da casa, confecção de objetos;
  • Suas ferramentas eram mais bem trabalhadas. Como pedras mais polidas ou pedaços de metal. O que fez com que eles pudessem também construir armas mais elaboradas.
Notem que são pequenas diferenças. Mas cruciais.

Monopólio: O que é isso

Mercado Styllus de Santa Isabel
Destrinchando a palavra "Monopólio" temos:

  • mono = um
  • pólio = vender
Portanto, é quando uma única empresa vendendo/fornecendo o produto. As empresas monopolistas detém todo o poder sobre seu segmento ou tentam obter isso. Pois, normalmente o comprador não tem duas opções.

Sem concorrência, as empresas não precisam investir em qualidade.
Podemos colocar como exemplo os mercados de Santa Isabel, que começaram com Styllus.
Entendam:
Mercado Styllus de Arujá

  1. Inicialmente, o Styllus era um pequeno mercado na área do Cruzeiro, mas com o tempo foi crescendo.
  2. Depois de anos, e com o nome Styllus consolidado, eles compraram seu principal concorrente: o mercado Português.
  3. O Styllus colocou em outras cidades mercados também. Entre eles Igaratá e Arujá. Notem o quando ele já está se expandido, um dia podendo se tornar uma franquia.
  4. Com o Semar fechando, o Styllus também compraram, transformando-o em, primeiro Santa Isabel +, depois Mercadão.
  5. Isso sem contar que fizeram OUTRO Mercadão que fica na Marginal.
  6. A situação atual é que os únicos mercados que competem com o Styllus são o Brotas (extremamente afastado) e o Dia% que é de uma franquia.
Mercado Styllus de Igaratá
O que isso tem a ver com monopólio? Tudo. Acompanhem:
Inicialmente, os mercados tem valores X que podem até ter uma margem de lucro. Mas que não são algo pesado. Contudo, como o Styllus tem uma grande parte do controle dos mercados de Santa Isabel (5 de 8 grande mercados da cidade), ele coloca um preço X em um produto e um X2 em outro. Como assim? Esse X2 é um preço acima do que seria o lucro. Não digo nem que é abusivo. Mas isso força o cliente ir a outro dos mercados (quase sempre do Styllus) para comprar o produto que valia X2 por um preço menor. E isso demanda tempo.
Agora, note como isso é ruim em 2020, quando não podemos nos deslocar de um lado para outro como antes. Entendeu como o monopólio é algo ruim?

quinta-feira, 9 de abril de 2020

A divisão de classes sociais no sistema feudal (Sétimo Ano)

A organização social do feudalismo era extremamente desigual. Podemos dividir essa sociedade de ordens em três grandes grupos. Dois deles controlavam a terra, enquanto uma trabalhava nela.
Uma sociedade de ordens (ou de estamentos) na qual a posição de nascimento se mantém ao longo longo da vida, com poucas chances e mudança social. Ou seja, um nobre sempre seria nobre, já um camponês dificilmente cresceria socialmente.
Uma frase do bispo francês Adalbéron de Laon descrevia essa sociedade de uma forma bem adequada
"A casa de Deus [...] está pois dividida em três: uns oram, outros combatem, outros, enfim, trabalham [...] Este triplo conjunto não deixa de ser um, e é assim que a lei pôde triunfar, e o mundo gozar de paz."
Apud DUBY, Georges. O ano mil. Lisboa: Edições 70, 1980. p. 77-78.

Clero: "Uns oram..."
Baixo clero
O clero, formado por representantes da Igreja, era o grupo mais importante da sociedade feudal. Comandava os mosteiros e feudos da Igreja (doados por nobres que queriam agradar a Deus). Seriam como intermediários entre os homens e deus. E a Igreja era a maior instituição política da Europa feudal, fazendo alianças com senhores feudais e reis.
A Igreja mantinha escolas e centros de estudos na Idade Média. E os padres faziam parte da minoria que sabia ler e escrever. Os livros que circulavam eram copiados um a um pelos monges copistas, que se especializavam nesta tarefa. O que explicava o motivo de poucas pessoas terem acesso aos livros e à palavra escrita.
Podemos dividir o clero em alto clero e baixo clero:
Alto clero
  • No alto clero, seus membros se tornavam bispos, cardeais e até mesmo papas. Quase sempre originários da nobreza.
  • Já um filho de camponeses que entrasse para Igreja, este seria do baixo clero. Seria um padre, com a função de percorrer os feudos realizando ofícios religiosos (missas, confissões, etc) e coletando impostos e donativos para a igreja.


Nobreza: "Outros combatem..."
Exemplo de suserania e vassalagem...
A nobreza mantinham entre si noções de suserania e vassalagem. Funcionava da seguinte maneira: O suserano (rei ou nobre feudal) concedia parte de suas terras a um vassalo (outro nobre). Esse vassalo poderia subdividir suas terras, assim se tornando o suserano de outra pessoa. E assim por diante. Contudo, o vassalo devia fidelidade, lealdade e auxílio militar a seu suserano, mas não obediência total. Embora o rei não tivesse muitos poderes na prática, era o suserano maior de um reino. Sem ninguém acima dele.
... e um exemplo mais conhecido.
O nobre detinha poderes sobre suas terras, então poderia aplicar as leis em casos de conflitos, através do poder da justiça.
Os nobres recebiam os tributos pagos pelos camponeses e, por sua vez, pagavam tributos a Igreja. 
Eles ficavam se preparando suas forças militares quase sempre - uma prática que começaram quando ocorreram as invasões germânicas, antes do século V. Julgavam-se herdeiros daquela tradição guerreira e eram conhecidos como cavaleiros.
Os feudos eram também deixados em herança para os filhos homens primogênitos, ou seja, os mais velhos. Quando o pai morria os demais irmãos ficavam sob autoridade do mais velho. As filhas, quando se casavam, iam viver com os maridos em outros feudos.
Camponeses: "Outros, enfim, trabalham..."
Cena de Monty Python: Em Busca do Cálice Sagrado
 onde camponeses confrontam o Rei Artur
Na vida real não era assim.
Faziam a maior parte da população na época do feudalismo. Como não controlavam as terras, além de trabalharem para se sustentar, pagavam tributos para permanecerem na terra e terem o direito de trabalhar nelas. Lembrando que quem detinha poderes sobre a terra eram os nobres, senhores feudais.
Os servos - como eram também chamados, especialmente aqueles que não trabalhavam com a terra - não eram escravos, ou seja não poderiam ser vendidos ou escravos. Só que não poderiam abandonar os feudos por vontade própria. Suas chances de ascensão social era praticamente inexistente. 
Não poderiam ser expulsos da terra, a menos que descumprissem suas obrigações. Eram protegidos pelos senhores feudais.