sábado, 30 de maio de 2020

A mudança do regional para o nacional (Sétimo Ano)

Algumas regiões que eram autônomas, agora começaram a a pertencer a reinos. E gradativamente começaram a se submeter a regras de alcance nacional.
Com a fome, a peste, as revolta e a guerra, isso atingiu todos os grupos sociais da Europa, talvez o mais afetado foi a nobreza. Enquanto ela perdia poder econômico, a burguesia crescia nesse aspecto.
Diante desse momento crítico, muitos nobres tomaram empréstimos ou venderam suas terras para os burgueses. A parcela que manteve seus feudos, tiveram que dar certas concessões aos servos, diante das rebeliões anteriores e que poderiam voltar a acontecer. A nobreza saiu do século XIV mais fraca.
Embora a burguesia não tivesse muita tradição e prestígio social, aproveitou para enriquecer. E além de bens e dinheiros, ganhavam terras. 

Mesmo saindo fortalecida das crises do século XIV, vários obstáculos surgiam para seus negócios.
Cada feudo tinha uma série de regras determinadas por um nobre. E taxas criadas por eles, era uma forma que os nobres encontraram para usufruir dos lucros do comércio. Assim, vemos aqui o pagamento de pedágio para entrar em um feudo, castelo ou passar uma ponte. Para negociar com os moradores (quase sempre servos) exigia que pagassem tributos.
E com o surgimento dos cambistas, notamos que cada região tinha sua moeda, o que acarretava em custo extra aos comerciantes com conversão de valores. E os pesos e medidas eram muito variados. A palavra "polegada" por exemplo vem de "polegar". No caso, a medida do dedo polegar do nobre da região. E isso também acontecia com os pés e os braços na hora de medir um objeto ou tecido. Ou seja, duas braças de tecido (uma das medidas usadas à época) podiam variar de feudo para feudo. Os pesos, tamanhos e valore variavam demais de local para local.

(Ciência em Séries) Rosa Parks

O episódio de Doctor Who em que aparece Rosa Parks.
Essa temporada foi ruim, mas esse episódio foi bom.
Rosa Parks poderia ser só uma mulher comum, não fosse por uma coisa simples. Mas necessária, para mudar o quadro de segregação racial nos EUA. Acompanhe:
Em 1º de dezembro de 1955, Rosa Parks trabalhava como costureira. Após um dia de trabalho, retornou para sua residência utilizando o serviço de ônibus local. Ela pagou a tarifa de ônibus, como qualquer pessoa, mas, no decorrer da viagem, o motorista ordenou que ela se levantasse e desse o seu lugar a um homem branco.
Como ela se recusou, o motorista chamou a polícia, que prendeu Rosa Parks. O ato dela e sua prisão rapidamente se espalharam e chamaram a atenção dos Estados Unidos. Sua prisão deu início a um boicote dos negros da cidade contra o serviço de ônibus, e a comunidade afro-americana engajou-se na luta contra a segregação racial.
Com o boicote à empresa de ônibus como forma de protesto, a comunidade negra de Montgomery ia trabalhar caminhando ou organizava caronas entre si, caso algum deles tivesse carro. Imediatamente a empresa de ônibus começou a registrar prejuízos por causa do boicote.
Rosa ao lado de Marthin Luther King
Apesar do reconhecimento, Rosa Parks não foi a primeira pessoa negra a realizar esse ato de desobediência civil. Outras pessoas já haviam feito isso nas décadas de 1940 e 1950, mas o ato de Rosa Parks serviu de estopim para o início de um grande movimento dos afro-americanos pelos direitos civis e pelo fim da segregação racial. Em resumo, a ação de Rosa Parks resultou em transformações sociais significativas.

Fontes materiais e imateriais na África (Sexto Ano)

Atualmente, muitos sítios arqueológicos são explorados nos diversos territórios que compõem a África. Por isso, hoje podemos conhecer desde os utensílios mais simples, usados pelos primeiros habitantes do continente, até os luxuosos ritos de mumificação no Egito e de sepultamento em Gana. Os documentos escritos também colaboram com a pesquisa. Dependendo da região a ser investigada, é possível encontrar registros de transações comerciais, leis, contratos de casamento, crônicas baseadas em documentos antigos e na tradição oral, entre outros. Outra importante fonte histórica que tem sido utilizada pelos historiadores da África é o testemunho oral, transmitido verbalmente de geração em geração.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

A corrida do ouro (Oitavo Ano)

Mas ocorreu a descoberta de ouro, o que se espalhou por toda a colônia portuguesa. Milhares de pessoas se dirigiram para as regiões mineradoras. Muitos vieram de lugares diversos do Brasil e de Portugal, das mais diferentes classes sociais, por vontade própria ou de forma compulsória. Um exemplo eram os escravos negros que eram deslocados do nordeste para trabalhos nos rios e nas minas, ou ainda sido trazidos direto da África.
No entanto, milhares de pessoas trabalhando só na extração do ouro teriam de necessitar de alimentos, moradias e vestimentas. Eram poucos que se dedicavam a isso nas regiões em que se buscava ouro. Entre 1698 e 1701, a região mineradora atravessou crises de fome: mesmo encontrando ouro, não tinham o que comprar com ele para comer. Depois de certo tempo, as cidades e povoados se organizaram. Locais como Vila Rica se tornaram um lugar de moradia e de fornecimento de bens de consumo.
Cena real de um garimpo
A Coroa portuguesa também se apressou em montar um aparato administrativo-militar para controlar a região. Em 1702, foi criada a Intendência das Minas, órgão encarregado de fiscalizar a região e organizar a cobrança de impostos para a Coroa. Era recolhido 20% de tudo o que fosse encontrado de ouro e diamantes. Esse imposto foi chamado de quinto.

Joanna d'Arc: Bruxa e santa (Oitavo Ano)

Foi durante a Guerra dos Cem Anos que se destacou a heroína Joana d'Arc. Mística, ela acreditava ter recebido uma mensagem de Deus a favor dos franceses e os liderou na Batalha de Orleans. Presa pelos ingleses foi morta na fogueira, acusada de bruxaria. Em 1920, foi santificada pela Igreja católica e é considerada uma heroína nacional na França.
Ou seja, ela que morreu como bruxa, foi transformada em padroeira da França.
A Guerra dos Cem Anos em que lutou Joana d'Arc deixou milhares de ambos os lados. 

Crises do Século XIV na Europa Medieval - Parte 2 (Sétimo Ano)

A revolta dos jacqueries
A guerra
Os sobreviventes da fome e da peste, em várias regiões da Europa, passaram a enfrentar novas formas de exploração por parte da nobreza feudal e dos burgueses ricos das cidades. Novas taxas nas cidades e uma remuneração baixa dos empregados causou revoltas populares. Entre elas:

  • em Florença ocorreu uma das maiores revoltas urbanas do século XIV. Conhecida como Revolta dos Ciompi, que aconteceu pela discordância dos salários pelos trabalhadores das oficinas e a cobrança de impostos.
  • na década de 1350, na França, ocorreram grandes revoltas camponesas, conhecidas como jacqueries (expressão equivalente a "joão-ninguém"). Os camponeses se rebelaram contra os altos impostos feudais e a fome pela qual passavam. 100 mil camponeses teriam participado dessa revolta, próxima a Paris. Ocorreram a morte de 20 mil pessoas.
  • Em 1381, liderados por Walt Tyler, 10 mil camponeses exigiram o fim das regras de servidão e a diminuição das taxas pagas. No começo tiveram suas exigências atendidas, após tomarem a cidade de Canterbury. Depois o rei mandou seus soldados e os revoltosos foram atacados e massacrados pelos nobres.
Um dos diversos conflitos durante a Guerra dos Cem Anos
Durante 116 anos, entre 1337 e 1453, os reinos da França e da Inglaterra se envolveram em um conflito chamado a Guerra dos Cem anos. Havia disputa pelo trono francês e as disputas comerciais fizeram com que a guerra fosse uma sucessão de batalhas violentas e massacres. Ao ponto de que, em ambos os lados, ocorreram saques.
O uso da pólvora, recém-trazida da China aumentou os danos e as mortes.

Orixás: as divindades nagôs (Sexto Ano)

Os nagôs creem que foi Olorum, o Senhor do Céu, quem criou os orixás, entregando a eles a missão de criar este mundo em que vivemos e tomar conta de tudo o que nele acontece.
Xangô é um dos orixás, é o deus que rege o trovão. Um dia ele foi um grande e justo rei aqui na Terra e, depois que foi transformado em orixá, no Orum [o céu dos orixás], ficou sendo o responsável por todas as coisas que envolvem questões de governo e justiça.
Mas são muitos os orixás, pois complexa é a natureza e complexa é a vida dos seres humanos. Cada aspecto de um e de outro tem o seu orixá, a divindade encarregada de zelar por aquela parte da vida.
O mar tem Iemanjá, que cuida também da maternidade.
A metalurgia e as estrelas pertencem a Ogum.
Oxóssi é o senhor da caça, o que combate a fome.
Ossaim controla as folhas e o preparo dos remédios.
Iansã é a senhora dos raios, dona das tempestades.
Oxum é a deusa das águas doces, da riqueza e do amor.
Omulu é o orixá que comanda a peste e a cura das doenças, enquanto Oxumaré governa a chuva, e assim por diante. [...]
É assim que a religião dos negros explica o mundo.
PRANDI, Reginaldo. Xangô, o trovão. São Paulo: Cia. das Letrinhas. 2003. p. 8-9.

quinta-feira, 28 de maio de 2020

A busca pelo Eldorado no coração da colônia portuguesa (Oitavo Ano)

O Eldorado foi uma lenda difundida na Europa durante o século XVI, após a ocupação das Américas. A lenda fala sobre uma cidade toda coberta de ouro, onde até seu líder era coberto de ouro.
De qualquer forma, mesmo que os portugueses e outros europeus que vinham para o Brasil, na verdade sempre estavam atrás de metais preciosos. Mesmo que não acreditassem nessas lendas. Já que os espanhóis conseguiram metais preciosos em seu território conquistado (as colônias espanholas). 
Notamos que o Brasil antes era mais bem sucedido com a produção de cana-de-açúcar. Os portugueses não tinham sido bem sucedidos com a extração de ouro no território brasileiro. Tanto que muitos dos engenhos estavam no nordeste da colônia. 
Enquanto isso, não ocorreu muito sucesso dos engenhos no sudeste.
E a invasão dos holandeses no nordeste do país, impediu boa parte do fluxo de africanos. Isso fez com que pessoas dos sudeste fossem atrás de indígenas para suprir a mão-de-obra africana. Como esses grupos eram denominadas de "bandeiras", estes homens que tinham como meta adentrar o sertão, eram denominados de "bandeirantes".

terça-feira, 26 de maio de 2020

Crises do Século XIV na Europa Medieval - Parte 1 (Sétimo Ano)

A partir do século XIV e metade do século XV surgiu uma grave crise.
Todas as classes sociais que foram atingidas e o índice de mortalidade alcançou níveis alarmantes. Mas vamos ver isso, usando como alegoria, os quatro Cavaleiros do Apocalipse. Já que era por conta da superstição e fanatismo cristãos, que alguns acreditavam estar sendo punidos.
Milhões de europeus foram atingidos pela peste negra. Entre 1347 e 1349, estima-se que mais de 30% da população europeia - cerca de 15 milhões de pessoas - tenha morrido.

A fome:
Depois do aumento populacional, os feudos europeus não conseguiram ampliar seus avanços tecnológicos, não conseguindo suprir a nova população crescente. Ou seja, não ocorreram evoluções em ferramentas ou técnicas no século XIV. Sem contar uma série de más colheitas, por excesso de chuvas e prolongamento de baixas temperaturas (muito frio por longo tempo). Com a escassez de alimentos houve o aumento dos preços dos alimentos.

A expectativa de vida caiu de 35 anos (no século XIII) para 25 anos (1301 e 1325) em razão dessa falta de alimentos.


A peste:
Não existia sistemas de esgoto, a limpeza das ruas estreitas era baixa, a água que se consumia acabava contaminada, os hábitos ruins de higiene eram demais. Mesmo em conventos (monges tomavam banhos cinco vezes por anos) e até na Dinamarca (tomavam banho uma vez por semana).
A má alimentação já era algo ruim aos camponeses, isso os deixava fracos e suscetíveis a doenças. Na metade do século XIV, navios mercantes vindos do Oriente traziam ratos contaminados com a bactéria da peste bubônica. Que conheceríamos como peste negra.
Muitos moradores de cidades (áreas urbanas) que tentaram se refugiar em feudos e áreas rurais, levando a contaminação para essas áreas também

segunda-feira, 25 de maio de 2020

As narrativas míticas africanas (Sexto Ano)

Costumes iorubás em Gana (na África)...
Entre as muitas sociedades africanas temos muitas narrativas mitológicas explicando o surgimento do mundo e dos seres humanos.
Entre eles temos os iorubás. Também chamados de nagôs, compunham um conjunto de povos que, por volta de 700 a.C e 600 anos a.C., se organizaram na região entre o sudoeste da atual Nigéria e a fronteira com o atual Benim.
... e através do candomblé (no Brasil).
A partir do seculo XVI, muitos iorubás foram escravizados e trazidos para o Brasil, onde reelaboraram sua religião. Por isso, até hoje o culto aos orixás é praticado em religiões afro-brasileiras, como o candomblé.
Alem das narrativas mitológicas, o conhecimento histórico sobre o continente africano vem sendo elaborado com base em registros arqueológicos, em documentos escritos e na tradição oral.

A China durante a Europa Feudal (Sétimo Ano)

Por volta do século X, quando a Europa feudal começava a retomar seu comércio e aumentar sua força urbana, a China já era uma potência.
Já existiam escolas primárias nas aldeias chinesas e um em cada vinte chegava ao ensino superior. Entre os itens produzidos por eles estavam chá, porcelana e seda.
A medicina chinesa estava avançada com conhecimentos ao longo dos séculos. Poetas e pintores criavam uma arte mais sofisticada que a do Ocidente. As oficinas produziam objetos admiráveis livros impressos, bússolas, bombas de fogos de artificio.
No século XIII, a China era algo mágico na mentes dos europeus. O navegador Marco Polo, que passou décadas no Oriente, teria escrito uma série de registros sobre esses povos. Os europeus "copiaram" muitas das técnicas chinesas e aprenderam a fabricar objetos, graças a mercadores árabes que traziam muitos produtos e ideias da China até o Ocidente.

Bloqueio Continental, Bloqueio Marítimo e o fim da Era Napoleônica (Oitavo Ano)

As tropas napoleônicas começaram a conquistar territórios europeus. Os objetivos dos exércitos era fazer com que a França tivesse condições de ultrapassar a burguesia inglesa, a mais rica na época. Napoleão desejava que a França tomasse a liderança econômica, comercial e industrial da Inglaterra, exportando seus produtos para os outros lugares do continente.
Em 1806, Napoleão proibiu a Europa de comprar produtos da Inglaterra e de vender para esse país o que produzisse. Essa medida ficou conhecida como Bloqueio Continental. Para garantir a região que desobedecesse ao bloqueio.
Só que isso não aconteceu tão bem. Apesar de atrapalhar os ingleses, a burguesia daquele país dificultou o acesso das nações europeias às suas colônias com um bloqueio marítimo. E manteve suas exportações através do contrabando para a Europa e para as colônias da América. Sem contar que  a França não supria as necessidades do mercado europeu.
Em 1807, Portugal alinhou-se com a Inglaterra e rompeu o Bloqueio Continental. O exército francês invadiu Portugal, mas encontrou a pela frente as tropas inglesas. A família real, para não ser dominada pelo exército de Napoleão, a família real portuguesa se mudou com a corte para o Brasil nesse ano.
A Rússia em seguida  rompeu o Bloqueio Continental. Napoleão avaliou que se não enfrentasse os russos, os outros países romperiam o bloqueio. Mobilizou 600 mil soldados e marchou em direção da Rússia, disposto a arruína-la. Essa foi sua derrota, pois a chamada Campanha da Rússia, além de não ter vencido, sobraram 40 mil voltaram vivos, grande parte gravemente ferida.
Graças a isso, os reinos absolutistas aliados a Inglaterra invadiram Paris. Derrotando Napoleão e impuseram a volta da Monarquia e da família Bourbon ao trono francês.
Mesmo com a derrota de Napoleão, os ideais iluministas e revolucionários já tinham se espalhado pela França. Pois o absolutismo sofreu um abalo. O rei Luís XVIII não conseguiu governar como antes da revolução e teve seus poderes limitados. Alguns reinos começariam a não toleraria mais o regime absolutista.

domingo, 24 de maio de 2020

Hierarquia entre os maias, astecas e incas (Sexto Ano)

Maias:

  1. Soberano
  2. Corte: guerreiros, sacerdotes e funcionários da administração
  3. Nobres
  4. Artesãos, mercadores e camponeses
  5. Escravizados (prisioneiros de guerra ou escravizados por guerra)
Astecas:
  1. Huey Tlatoani: Imperador
  2. Nobreza, sacerdotes e chefes militares
  3. Comerciantes
  4. Artesão e camponeses
  5. Escravizados
Incas:
  1. Sapa Inca ou Inca e Coya (esposa)
  2. Mamaconas, sacerdotes, chefes militares, governadores da província e administradores locais
  3. Funcionários públicos, soldados, artesãos e comerciantes
  4. Famílias rurais


Corporações de Ofício e clero e a nobreza no fim da Idade Média (Sétimo Ano)

Os artesãos das cidades se organizavam nas corporações de ofício. Controlavam a produção, combinavam os preços e, em especial, impediam que novos artesãos se estabelecessem sem a devida autorização.
As pessoas foram mudando sua vida de acordo com que as feiras medievais surgiram devido a esses grupos.
A estrutura hierárquica nesses grupos era:

  1. Donos, os mestres de ofício;
  2. Oficiais, empregados mais experientes;
  3. Jornaleiros, que trabalhavam eventualmente, por jornada;
  4. Aprendizes, que começavam a aprender aos 12 anos (quase sempre) para aprender a atividade em troca de casa e comida.
O clero e a nobreza poderiam até mesmo interagir com os burgueses, comprando bens e serviços, mas não aprovavam as mudanças trazidas pelo comércio. 
A nobreza se ressentia com a burguesia devido a fuga dos servos para os grandes centros urbanos. Além do que, os que ficavam, começavam a cobrar pagamento feito em moedas pelos trabalhos feitos nos feudos.
O clero não gostava do movimento de pessoas na Europa, ideias novas poderiam ser trazidas os fazendo perder influência. A Igreja começou a ir contra a usura (lucro excessivo e o empréstimo de dinheiro a juros).
As condenações da Igreja afastaram muitos cristãos das atividades comerciais. Abrindo espaço para os não cristãos. Os judeus, por exemplo. 
Então, a prática de uma religião diferente e a dedicação a atividades econômicas fizeram com que os judeus fossem fortemente discriminados na Europa medieval e em épocas posteriores.

As consequências do Código Civil Napoleônico (Oitavo Ano)

Concluído em 1804, o Código Civil Napoleônico promoveu uma reforma profunda nas leis até então. 

  • Instituiu o casamento civil (em substituição ao religioso) e o divórcio;
  • A mulher solteira deixou de ser considerada, perante a lei, igual ao homem, e a que fosse casada estaria sob domínio do homem;
  • Mesmo que recebesse salário, deveria obedecer ao marido, sem poder participar da administração dos bens;
Essa condição de subserviência ao marido não reflete sua participação na Revolução Francesa. Muitas pegaram em armas e obtiveram direitos, tais como a igualdade da herança entre filhos, a maioridade aos 21 anos, o direito a casar depois dessa idade sem autorização dos pais e o direito ao divórcio.

sábado, 23 de maio de 2020

Povos pré-colombianos: Incas (Sexto Ano)

Uma página de Tintin, que tem como foco o império inca.
Por volta do século XII, eles se instalaram na região dos Andes. Eles estabeleceram alianças com os povos que já viviam por lá. Com o passar do tempo, eles assumiram a liderança, e fizeram de Cuzco (primeira cidade fundada por eles) a capital de um grande império. A relação dos incas com os povos vizinhos se estabeleceu por meio da reciprocidade (fazia-se um pedido a um chefe de um povo e, em troca, oferecia-se um benefício), de casamentos e da força militar.
Um terraço agrícola feito pelos incas
Por todo o império construíram estradas, pontes e inúmeras cidades. Graças a mobilização de um grande número de pessoas, amplos conhecimentos matemáticos e muita criatividade. Machu Picchu (as ruínas que ainda existem, no Peru) é a prova dessa competência.
Nem todas as áreas do império eram favoráveis a agricultura. Entretanto, os camponeses superavam isso com terraços, canais de irrigação e sistemas de drenagem. Além disso saber adubagem e outros saberes.
Toda a terra pertencia ao inca e era dividida em três partes:
  1. destinada às ayllus, comunidades camponesas que cultivavam produtos para subsistência, trocas e comércio;
  2. ao deus Sol, com a colheita reservada aos sacerdotes;
  3. e o Inca, abastecendo o imperador, sua família e os nobres;
Lhamas e alpacas eram animais usados para transporte quase sempre. Para transporte de cargas e para fornecimento de lã, carne e couro para confecção de objetos.
Os incas utilizavam um tipo de registro chamado como quipo (que não é um sistema de escrita). Era uma peça composta de cordões de diversas cores e tamanhos, nos quais se faziam nós em intervalos regulares. Era através deles, era possível fazer cálculos do império.
O povo inca adorava deuses como o Sol, a Lua e o maior de todos, o deus criador, Viracocha. O Sapa Inca ou só Inca, poder máximo do império, era considerado o filho do deus Sol.
As mamaconas eram jovens que viviam na Aclla Huasi (Casa das Escolhidas) próximas ao imperador, podendo tornar-se esposas secundárias.